Cidade japonesa volta atrás e desiste de religar reatores
Prefeito de Genkai cancelou retomada das atividade após anúncio de que o governo japonês submeterá todas as usinas do país a testes de resistência
O prefeito da cidade japonesa de Genkai, a primeira a apoiar a reativação de seus reatores nucleares após o desastre de 11 de março, decidiu voltar atrás um dia depois de o governo ter anunciado testes de resistência em todas as centrais do país.
A agência Kyodo informou que o prefeito de Genkai, Hideo Kishimoto, decidiu suspender a autorização que tinha dado há três dias para ativar dois dos reatores da central, paralisados para uma inspeção de rotina.
Pela previsão, os reatores voltariam à atividade após a inspeção, mas o acidente nuclear em Fukushima, gerado pelo tsunami de março, adiou sua reativação por prazo indefinido.
A mudança de postura de Genkai aconteceu apenas um dia depois de o governo ter anunciado que todas as usinas nucleares do Japão serão submetidas a novos testes, mas sem oferecer detalhes nem datas.
O anúncio provocou a preocupação do governador da província de Saga (na qual se encontra Genkai), Yasushi Furukawa, que expressou nesta quinta-feira estranheza pela proposta, “depois que o Ministério da Indústria disse que todas as usinas do Japão são seguras”.
Furukawa, cuja autorização também é necessária para reativar os reatores de Genkai, pediu ao governo uma política mais clara com relação às usinas nucleares.
A companhia Kyushu Electric Power, operadora da central, esperava que o governador desse seu sinal verde para a reabertura da usina ainda em julho, o que lhe permitiria empreender as operações comerciais cerca de duas semanas depois.
No total, 35 dos 54 reatores nucleares do Japão permanecem paralisados após o acidente nuclear de Fukushima, o que gerou uma situação de escassez energética que o país tenta compensar com medidas de economia.
(com Agência EFE)