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Capriles pede paz após ataques a centros chavistas

Maduro muda postura e diz que recontagem de votos desestabilizaria o país

Por Da Redação
16 abr 2013, 09h52

O candidato da oposição na eleição presidencial realizada no domingo na Venezuela, Henrique Capriles, pediu paz após os protestos que acabaram de forma violenta no país na noite de segunda-feira. Capriles convocou os venezuelanos a realizarem um panelaço contra a acelerada proclamação de Nicolás Maduro como presidente do país, mas o que chamou de “raiva do eleitor” provocou ataques a centros do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), de acordo com o jornal El Universal.

“Indicamos um caminho frente a tudo que aconteceu durante as últimas horas e lhes apresentei uma rota para que se cumpra e se respeite o direito de todos os venezuelanos”, afirmou Capriles, enquanto exigia disciplina para manter a confiança e enfrentar a crise política que o país atravessa. “Isso requer ser responsável, ter um compromisso e não cair em provocações. Por mais que se sinta raiva, frustração, não nos deixemos levar pela emoção, mas pela razão”, afirmou. “Quero dar à Venezuela uma mensagem de paz, tranquilidade e compromisso. Ontem saímos a votar para derrotar a violência. Basta escutar o discurso do candidato oficial para saber quem quer provocar violência no país”, disse ontem o opositor.

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Capriles também expressou seu respeito à presidente do Poder Eleitoral, Tibisay Lucena, que na segunda-feira rejeitou os pedidos do candidato para recontagem dos votos, dizendo que o sistema eleitoral venezuelano é transparente e totalmente automatizado. Tibisay ignorou as denúncias de fraude no pleito. A acirrada disputa foi encerrada com 50,75% a favor de Maduro e 48,97% para Capriles. A diferença foi de pouco mais de 260.000 votos. “Não entrarei em polêmicas e não lhe faltarei o respeito jamais, mas é você quem deve respeitar o povo. Não estou desrespeitando o povo, estou dizendo a ele que está acontecendo algo aqui e que ele tem o direito de que seja verificado”.

Também na segunda-feira, após ser proclamado presidente, Maduro disse em coletiva de imprensa que está “disposto ao que for para garantir a paz no país”. Maduro, que em um primeiro momento chegou a pedir ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a recontagem de votos, pois “não tinha medo de abrir as caixas eleitorais”, disse que o pedido da oposição faz parte de um plano para desestabilizar o país. Ele passou ao confronto direto a Capriles e lembrou que o opositor foi eleito governador duas vezes por “esse mesmo sistema eleitoral”.

Protestos – Durante o anúncio da confirmação de Maduro na presidência, foram registrados protestos em Caracas. Manifestantes a favor da oposição entraram em confronto com a polícia depois de bloquear a principal via da capital em protesto pela suposta fraude na contagem dos votos. Os presentes foram dispersos com bombas de gás lacrimogêneo. Na capital do país, simpatizantes de Capriles também organizaram um “panelaço” contra a proclamação de Maduro como presidente. Segundo os chavistas, centros do PSUV foram incendiados em várias partes do país e também foi registrado um ataque à casa de Tibisay Lucena.

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