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Às vésperas das eleições, manifestantes continuam firmes em ruas e praças

Jovens e adultos passaram a noite acampados. Proibição da Junta Eleitoral espanhola não impede manifestações

Por Da Redação
21 Maio 2011, 12h38

Faltam menos de 24 horas para as eleições regionais e municipais na Espanha. Contudo, a Junta Eleitoral Central, uma espécie de Tribunal Superior Eleitoral do país, que, por conta da iminência do pleito proibiu à meia-noite de ontem as manifestações que ocorrem em dezenas de cidades espanholas, não consegue impedir o abrangente e vigoroso protesto que tomou conta do país nesta semana. A numerosa presença de policiais ao redor dos jovens acampados em praças e ruas também não inibe a multidão. Munidos de cartazes e faixas, eles reclamam das condições políticas, da corrupção, do alto custo das hipotecas, de tudo. E pedem “democracia real, já”.

Na praça Puerta del Sol, epicentro dos protestos em Madrid, cerca de 28.000 manifestantes marcam o dia antes das eleições com atividades culturais, que incluem dois desfiles e um show de palhaços. Milhares de pessoas passaram a noite enfiadas em sacos de dormir, abrigadas em tendas e sem largar os gritantes cartazes de protesto. A noite foi tranquila: somente 12 pessoas tiveram de ser resgatadas pelas ambilâncias da prefeitura, por conta de desmaios, quedas de pressão e tonturas.

Pela manhã, os manifestantes se juntaram num palco improvisado, pintaram cartazes de amarelo, vestiram roupas amarelas e tentaram traçar uma identidade visual para as manifestações. A ordem era dar mais organização ao movimento. E o ministro do Interior, Alfredo Perez Rubalcaba, se reuniu com as forças de segurança para verificar o andamento das manifestações, que, pacíficas, são cercadas por policiais que até agora apenas assistem à intensa movimentação.

Em Barcelona, também na noite de ontem, cerca de 5.000 pessoas formavam a multidão concentrada nas ruas. As calçadas ficaram lotadas. Mochilas e sacos de dormir eram avistados por todo canto. Pouco antes, ainda durante a tarde, milhares de cidadãos apareceram nas janelas e sacadas batendo em panelas e frigideiras, como forma de protesto. Na região da Galícia, oeste espanhol, as movimentações aumentam a cada dia. Só na entrada da Prince Street, a rua mais comercial da cidade, quase mil pessoas estavam reunidas ontem à noite.

Em Bilbao, mais de 3.000 cidadãos revoltados se aglomeraram em defesa da “democracia real”. Instalaram-se em frente ao Teatro Arriaga, onde devem passar (pelo menos) o fim de semana inteiro acampados. Em Londres, cerca de 300 pessoas também se reuniram em torno da embaixada espanhola. Isso aconteceu em 17 cidades estrangeiras, entre elas, Bruxelas, Lisboa, Atenas, Paris, Berlim, Budapeste e Milão.

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