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Após Twitter, WikiLeaks acredita que Facebook e Google também tenham sido intimados pelo governo dos EUA

Ordem judicial exige informações pessoais do fundador do site, Julian Assange

Por Da Redação
8 jan 2011, 17h23

“O Departamento de Estado pediu as mensagens privadas, os contatos, os endereços IP e os dados pessoais da conta de Julian Assange e de pelo menos outras três pessoas associadas ao WikiLeaks”

O WikiLeaks acredita que os Estados Unidos estejam usando as redes sociais para contra-atacar o site que se dedica a divulgar informações sigilosas da Casa Branca. O alvo seria seu fundador, Julian Assange. Uma ordem judicial emitida em dezembro exige que o Twitter repasse informações detalhadas dele e de alguns colaboradores. A informação foi divulgada na sexta-feira pela revista Salon, que teve acesso ao documento. Agora, o WikiLeaks acredita que o Facebook e o Google (responsável pelo Orkut) também tenham sido intimados mas, ao contrário do Twitter, não notificaram seus usuários.

“O Departamento de Estado pediu as mensagens privadas, os contatos, os endereços IP e os dados pessoais da conta de Julian Assange e de pelo menos outras três pessoas associadas ao WikiLeaks”, informou o site. A intimação requer informações do dia 1º de novembro de 2009 até os dias atuais, informou um membro do Parlamento da Islândia que também teve a quebra de sigilo requerida. Ao receber o documento, o Twitter entrou com um recurso pedindo autorização para avisar os usuários afetados. Na quarta-feira, a permissão foi concedida e o WikiLeaks, que tem dez dias para recorrer, ficou sabendo dos planos do governo americano.

Neste sábado, o site divulgou um comunicado no qual afirma que tudo isso faz parte de uma investigação secreta de Washington por espionagem. “Se o governo iraniano tentasse mediante coerção obter informação sobre jornalistas e ativistas estrangeiros, os grupos de direitos humanos ao redor do mundo se pronunciariam a respeito”, afirmou a nota. O documento da Casa Branca confirma que há “uma investigação criminal em curso” mas não dá detalhes, defendendo apenas que os dados pedidos sobre Assange e pessoas próximas a ele são “relevantes”.

Outras redes sociais – Como a abrangência do caso parece grande e o WikiLeaks só foi informado pelo Twitter, o site acredita que outras redes sociais também estejam sendo obrigadas a revelar informações sigilosas de seus usuários. Também neste sábado, a organização pediu no Twitter que Facebook e Google revelem “qualquer intimação recebida” da Justiça americana – nenhum dos dois se manifestou a respeito. O microblog também não comentou o caso e disse apenas que sua política é a de notificar os seus usuários, sempre que possível, de pedidos de informação do governo.

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O WikiLeaks despertou a ira do governo americano em novembro do ano passado, quando vazou milhares de documentos secretos da diplomacia do país revelando comunicações entre as embaixadas em todo o mundo. Desde então, a Casa Branca estuda um meio de conter o avanço do site, que já disse ter muito mais informações sigilosas a revelar.

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