Rock in Rio: tentativa de invasão quase termina em tragédia
Nove pessoas se feriram após a queda de tablado na madrugada desta segunda
Uma tentativa de invasão frustrada quase terminou em tragédia, no início da madrugada desta segunda-feira, na Cidade do Rock. A empresa Prossegur, responsável pela segurança do evento, recebeu o alerta de que um grupo combinou pelo Twitter de invadir o festival, entre 1h30 e 2h. O esquema de segurança foi reforçado, com auxílio da Guarda Municipal.
Por volta de 1h50, o grupo cumpriu o combinado e tentou entrar à força pelo portão Norte. Nesse momento, muitas pessoas deixavam a Cidade do Rock, irritados com a forte chuva e o atraso do Guns N’ Roses. De acordo com testemunhas, cerca de dezenas pessoas caíram da estrutura. Por sorte, ninguém saiu gravemente ferido.
Em nota oficial, a organização do evento diz o espaço, que serve de passagem para as roletas, recebeu um volume de pessoas que não estava previsto. “A área estava isolada e não era caminho de saída do evento mas foi usada como escape indevidamente pelo público. Ao todo nove pessoas se machucaram e foram levadas para o posto médico do evento: sete com escoriações leves, um com entorse e um com fratura, esses dois já foram removidos para o Barra D’or e Miguel Couto”, diz a nota.
Pelo menos outras duas tentativas de invasão foram registradas no início da noite. No episódio mais intenso, a Polícia Militar chegou a usar bomba de efeito moral para afastar pessoas que tentavam entrar do setor Norte. Um deles foi algemado pelos agentes da Prossegur e entregue à PM.
Rock in Rio: o caos e a tempestade
O impensável aconteceu. O atraso do Guns n’ Roses e o dilúvio fizeram com que muita gente decidisse ir embora. Aproveitando o movimento, houve uma nova tentativa de invasão da Cidade do Rock. Na hora, houve, como presenciei, empurra-empurra, pessoas correndo e gritando que tiros haviam sido disparados. Em seguida, ouviu-se o barulho do pareciam ser mais dois disparos. Nova correria, mais empurra-empurra e uma pequena multidão tentando forçar passagem pelo portão estreito mais próximo.
Paula Neiva, da coluna GPS