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Globo reforça investida na classe C em 2012

Emissora populariza a programação e aposta em Claudia Abreu como cantora de tecnoforró na próxima novela das sete, jogadores de futebol na das nove e a reestreia de 'Casseta & Planeta' para atrair os 110 milhões de consumidores da classe emergente

Por Mariana Zylberkan
6 mar 2012, 01h14

É evidente a proposta da Rede Globo em aumentar, ainda que aos poucos, o grau de popularidade de seus programas. Em 2012, o famoso padrão Globo de qualidade irá servir ao diálogo ainda mais contundente com os integrantes da classe C, que abarcam 110 milhões de pessoas e representam 50% do poder do consumo do Brasil. Para isso, a atriz Claudia Abreu irá viver uma cantora de tecnoforró na próxima novela das sete, Cheias de Charme, e, em Avenida Brasil, a trama das nove que estreia em agosto, Cauã Reymond e Murilo Benício interpretam jogadores de futebol. Além das novelas, a emissora pretende atrair a nova classe média com a reestreia de Casseta & Planeta, marcada para 6 de abril, e Fátima Bernardes como âncora de uma atração de auditório nas manhãs. “As próximas novelas terão realmente uma abordagem mais popular”, diz Octávio Florisbal, diretor-geral da Globo.

Além do entretenimento, a emissora mira no esporte como uma segunda frente de ação para popularizar a grade. “Queremos ampliar para outras cidades projetos como a Taça das Favelas, um campeonato de futebol feito em parceria com a Central Única das Favelas, no Rio, e organizar outros eventos esportivos voltados para esse público”, diz Florisbal.

Tanta dedicação à classe emergente é uma sinalização da emissora em acompanhar e se adaptar ao desenvolvimento econômico do Brasil, mas também pode ser vista como uma medida para estancar a recorrente perda de audiência da emissora. De acordo com Florisbal, o desempenho no Ibope ficou abaixo do esperado em 2011. “Ficamos um ponto abaixo da meta no ano passado, que sempre foi atingir 19 de média na faixa entre 7h e 0h. A meta é a mesma para 2012”

A questão é amenizada por Florisbal, que atribui a queda da audiência ao número cada vez menor de televisores ligados, principalmente nos finais de semana. “A ascensão econômica tem tirado as pessoas de casa aos sábados e domingos. Elas têm mais condições de gastar com lazer hoje.”

Outro calcanhar de Aquiles neste ano para a Globo é a transmissão das Olimpíadas de Londres, cujos direitos foram adquiridos pela Rede Record. De acordo com as regras do Comitê Olímpico Internacional, as demais emissoras têm direito de transmitir apenas entre dois e três minutos diários de imagens dos jogos. Segundo Florisbal, a Globo pretende ampliar esse tempo para até dez minutos diários ao usar a marca da Record em suas transmissões. “Vamos negociar com a Record e a ideia é exibirmos notícias sobre os jogos e darmos o devido crédito a ela, sem problemas.”

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Novidades na programação – A estreia do programa de Fátima Bernardes fica para a metade do ano, segundo Florisbal. “Será um programa de variedade, reportagens e serviços que terá um mini-auditório em determinados dias da semana.”

Com a estreia de Fátima Bernardes no entretenimento, o tempo da programação dedicado ao público infantil será reduzido, com o enxugamento do TV Globinho. Segundo Florisbal, essa é uma decisão estratégica. “Os programas infantis não dão audiência e o retorno publicitário é baixo. Há muitas restrições legislativas nos comerciais desses programas.”

Pedro Bial também vai ancorar uma atração, prevista para estrear no segundo semestre, na faixa das 23h. “O formato ainda não está definido, mas será voltado para as classes A e B.”

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