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Fãs lembram personagens marcantes no adeus a Wilker

Ator sofreu infarto fulminante no sábado em casa no Rio. Corpo foi velado no Teatro Ipanema e levado neste domingo para cremação no Memorial do Carmo

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
6 abr 2014, 17h50

(Atualizado às 20h45)

O corpo do ator José Wilker, que estava sendo velado no Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi levado no início da tarde deste domingo para o Memorial do Carmo, no Caju, onde foi cremado. O caixão deixou o teatro sob aplausos de familiares, amigos e das centenas de admiradores que compareceram ao velório para se despedir do ator – e lembrar seus personagens marcantes. Wilker sofreu um infarto fulminante na madrugada de sábado em sua casa no Rio, onde morava com a namorada, a jornalista Claudia Montenegro. O ator deixa duas filhas: Mariana e Isabel.

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“Foi uma morte muito abrupta. Tenho uma palavra para definir o trabalho dele: ‘felomenal'”, disse a aposentada Shirley Pereira, de 62 anos, citando o bordão do personagem Goivanni Improtta, interpretado por Wilker na novela Senhora do Destino, em 2004.

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Moradora de Copacabana, a dona de casa Ana Maria Régis, de 66 anos, levou um cartaz com os dizeres “Volta, Vadinho!” – referência ao filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, de 1976. “Vadinho me fez rir muitas vezes. Perdi a conta de quantas vezes vi o filme e a minissérie. José Wilker era um ator maravilhoso, capaz de interpretar e criar personagens diferentes uns dos outros. A televisão e o cinema perdem muito com a morte dele”, disse.

Outro personagem lembrado pelos fãs que acompanharam o velório foi Jesuíno, coronel que matou a esposa, interpretada por Maitê Proença, após descobrir que era traído, em Gabriela. “Jesuíno eram ruim, impiedoso e tratava a mulher como se ela fosse um objeto, mas José Wilker era tão maravilhoso que conseguiu conquistar o público”, disse a estudante Vanessa Gonçalves, de 21 anos, que levou as tias para a despedida.

Cremação – O corpo de Wilker foi cremado em uma cerimônia restrita a familiares a amigos. O velório, aberto ao público, foi realizado no Teatro Ipanema a pedido da família. Segundo amigos, ele tinha um carinho especial pelo local, onde encenou peças de sucesso, como O Arquiteto e O Imperador da Síria, na década de 1970.

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A atriz Guilhermina Guinle, que foi casada por dez anos com o artista, foi uma das últimas a sair do velório. Bastante abalada, Guilhermina disse que Wilker tinha alimentação regrada e fazia exercícios. “Ele cuidava da saúde, mas coração é uma fatalidade. Pelo menos ele morreu do jeito que gostaria, dormindo, sem sentir dor. Para a gente que fica é que é mais difícil”, disse a atriz.

O ator Marcelo Serrado, que também esteve no velório, contou que conversou com Wilker na última sexta-feira, véspera da morte. Segundo Serrado, o ator estava animado com a possibilidade de voltar a trabalhar como diretor na televisão.

“Nós combinamos de nos encontrar segunda-feira para falar sobre um projeto dele. Ele estava empolgado. Ainda não consigo acreditar no que ocorreu. A morte dele é mais uma prova de que a vida está sempre por um fio”, disse.

O ator Stênio Garcia também contou ter se encontrado com Wilker há cerca de vinte dias. “Somo amigos de muitos anos. Fizemos a primeira novela juntos há mais de quarenta anos, Cavalo de Aço, e nos tornamos amigos. Há cerca de vinte dias, nos encontramos na casa de um amigo e ele estava ótimo. A notícia da morte pegou a todos de surpresa”, disse, emocionado.

Carreira – Wilker atuou em cerca de trinta novelas na Globo. A última participação foi em 2013, em Amor à Vida, na qual interpretou o médico Hebert. No ano anterior, Wilker participou de Gabriela no papel de Jesuíno. Outros personagens marcantes do ator incluem o bicheiro Giovanni Improtta em Senhora do Destino (2004), Roque Santeiro, na novela homônima (1985), Rodrigo, protagonista de Anjo Mau (1976), e Juscelino Kubitschek, na série JK (2006). No cinema, Wilker fez Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1979), Os Inconfidentes (1987) e Dias Melhores Virão (1990), entre muitos outros. Ele também trabalhou como diretor em programas humorísticos, como o Sai de Baixo.

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