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Haddad pede desculpas a estudantes por falhas no Enem

MEC também se retrata pelo uso de termos “pouco elegantes” no Twitter

Por Luciana Marques
11 nov 2010, 20h17

O ministro da Educação, Fernando Haddad, reuniu-se nesta quinta-feira com líderes estudantis em Brasília para se desculpar pelas falhas no Exame Nacional do Ensino Médio. “O Enem é um bom instrumento para a criação de um sistema nacional de educação, que o país não tem. Mas não dá para ser um bom instrumento com falhas”, disse após o encontro o presidente da União Brasileira de Estudantes de Secundaristas (UBES), Yann Evanovick.

A reunião resultou também numa retratação formal pelos termos usados pelo Ministério da Educação no Twitter no dia da prova. “Alunos que já ‘dançaram’ no Enem tentam tumultuar com mensagens nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los”, dizia a mensagem. Nesta quinta, minutos após a reunião de Haddad com os líderes estudantis, veio a retratação. “A Assessoria de Comunicação Social do MEC se desculpa pelos termos pouco elegantes usados na rede social durante a realização do Enem.”

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, classificou a primeira mensagem postada pelo ministério como uma “declaração infeliz”. “Não aceitamos qualquer tom de intimidação aos estudantes. O ministério não pode agir como órgão de polícia”, disse.

AGU A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou nesta quinta-feira um documento com argumentos técnicos para a juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara do Ceará, na tentativa de convencer a magistrada a rever sua decisão de suspender temporariamente o Enem 2010. A juíza proibiu também a divulgação do gabarito das provas, que estava prevista para a última terça.

O MEC pretende aplicar uma nova prova aos alunos prejudicados pelos erros de impressão no caderno amarelo. O argumento é de que o teste é realizado nos moldes da Teoria da Resposta ao Item (TRI). O método garantiria que diferentes provas apresentem aos candidatos o mesmo grau de dificuldade. Mas, para a Justiça Federal, a aplicação da prova somente a parte dos estudantes prejudicaria a isonomia da avaliação.

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A AGU também entrou com recurso contra a decisão da juíza no Tribunal Regional Federal da 5ª Região.

ONU – A Coordenação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil divulgou nota nesta quinta-feira, afirmando que o método TRI garante sim a isonomia das provas do Enem, mesmo se aplicadas em períodos diferentes. Segundo a entidade, “a metodologia apresenta amplo respaldo na literatura científica internacional e tem sido utilizada em um conjunto importante de avaliações de organismos internacionais”.

Congresso Nacional – Insatisfeita com o desempenho do ministro Fernando Haddad, a oposição chegou a pedir a demissão do ministro. Os parlamentares cobraram explicações sobre as falhas no Enem. O ministro confirmou presença na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira, quando prestará depoimento sobre o caso.

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