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Tombini reconhece que BC poderá usar reservas externas para conter o dólar

Reservas internacionais do país, atualmente em cerca de 375 bilhões de dólares, estão entre os instrumentos para lidar com a valorização do dólar — que impacta a inflação

Por Da Redação
18 fev 2014, 16h08

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou, nesta terça-feira, que o BC tem feito o “dever de casa” para controlar a inflação e acrescentou que a autoridade monetária garantirá que a inflação continue desacelerando de 2014 em diante. “Estamos fazendo nosso dever de casa, combatendo a inflação”, disse Tombini, durante uma teleconferência com jornalistas da imprensa internacional. Tombini tem feito uma investida de comunicação para tentar tranquilizar o mercado. Primeiro, reuniu-se com a diretoria do jornal Financial Times, em Londres. Depois, concedeu entrevista exclusiva à revista EXAME, do Grupo Abril, o mesmo que publica VEJA.

Segundo Tombini, o BC trabalha para trazer a inflação ao centro da meta, de 4,5% ao ano. Contudo, não tem obtido muito sucesso. Apesar do controle de preços em alguns setores, como o elétrico e o de combustíveis, em 2013, o IPCA encerrou o período em 5,59%.

A valorização do dólar, que se intensificou depois que o Federal Reserve admitiu que retiraria os estímulos monetários da economia americana, foi um fator que aumentou a dificuldade do BC em trazer a inflação para o centro da meta. À imprensa internacional, o presidente da autoridade monetária voltou a dizer que o país possui vários instrumentos para combater a volatilidade e lidar com o aumento dos preços, dentre eles, as reservas internacionais do país, atualmente em torno de 375 bilhões de dólares. “Todos os instrumentos estão sobre a mesa para combater a volatilidade, em particular as reservas internacionais”, afirmou.

Até o momento, a autoridade monetária não tocou nas reservas para conter a alta do dólar. Tem usado outro instrumento: o leilão de contratos de swap cambial, o que equivale à venda de dólares no mercado futuro. Desde a metade do ano passado, mais de 100 bilhões de dólares foram ofertados para conter a alta da moeda.

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Mercados – A fala do presidente do BC contribuiu para que os juros futuros passassem a recuar, após o mercado financeiro interpretar as declarações como uma indicação de que o atual ritmo da política monetária pode ser reduzido.

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Desde abril do ano passado, o BC tem elevado a Selic para combater a alta da inflação. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente e, pela curva dos juros futuros, a maioria das apostas passou a indicar que a Selic será elevada em 0,25 ponto porcentual, para 10,75%, um ritmo mais lento na comparação com os encontros anteriores, quando a taxa básica de juros subiu em 0,50 ponto porcentual.

Recessão – Tombini também afirmou, nesta terça-feira, que não espera que o Brasil tenha entrado em recessão no final de 2013 ou que isso aconteça em 2014. Dados recentes, no entanto, indicam que a economia brasileira pode ter apresentado contração durante dois trimestres consecutivos no final do ano passado, o que é considerado uma recessão técnica.

O presidente do BC reconheceu ainda que a economia pode ter registrado um crescimento abaixo das estimativas da autoridade monetária de 2,3% em 2013. Porém, segundo ele, as condições estão melhorando, sobretudo, com o aumento de investimentos em projetos de infraestrutura nos próximos trimestres.

(com agência Reuters)

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