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Todos querem Meirelles: as empresas que contrataram o ex-presidente do BC

De março até agora, Henrique Meirelles já assumiu cargos em quatro companhias diferentes

Por Marcela Ayres
18 jun 2012, 16h40

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Nesta segunda, a empresa de private equity KKR anunciou a indicação de Henrique Meirelles para o cargo de conselheiro sênior. Esta é a quarta companhia privada em que o ex-presidente do Banco Central assume uma cadeira no ano. Na esfera pública, ele preside o Conselho Público Olímpico desde junho passado. O órgão é a instância máxima da Autoridade Pública Olímpica (APO), responsável pelo planejamento das obras das Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016.

Por trás do evidente interesse pelo executivo, está sua longeva trajetória no BC, onde assumiu as rédeas da política monetária e viu a inflação arrefecer entre 2003 e 2011. Com bom trânsito no governo, Meirelles também conta com contatos empresariais de peso. Antes do cargo no governo, o executivo comandou a presidência global do Bank of Boston.

Em entrevista à revista EXAME, ele afirmou que a estabilidade econômica era o grande desafio brasileiro quando passou a fazer parte do quadro do BC. “Hoje, é a competitividade das empresas. É aí que eu posso dar minha maior contribuição”, disse.

Passado o período de quarentena auto-imposto por Meirelles até o fim de 2011, o executivo passou a analisar a série de ofertas que choveram na sua mesa. Veja abaixo as companhias que conseguiram arrematar seu concorrido passe (até agora):

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J&F – Pelo menos quatro meses de conversa foram necessários para fazer Meirelles topar ser o presidente do conselho consultivo da J&F, holding dos irmãos Batista que controla seis empresas, entre elas o frigorífico JBS.

Contratado em março com o objetivo de profissionalizar as tomadas de decisão na companhia, o executivo deverá ter um papel fundamental no cumprimento das nada modestas metas do grupo: a Vigor, de lácteos, e a Flora, de higiene e beleza, querem quintuplicar de tamanho até 2014. A Eldorado, por sua vez, quer ser a maior companhia de celulose do mundo.

O pacote de remuneração de Meirelles faz jus ao tamanho do desafio. O contrato prevê uma remuneração de até 40 milhões de reais ao ano, com a possibilidade de ele se tornar sócio da J&F.

Azul – Foi também no mês de março que Meirelles assumiu uma cadeira no conselho de administração da Azul, com o compromisso de participar das reuniões trimestrais da empresa.

Em nota, David Neeleman, fundador e presidente da companhia aérea, disse que os ensinamentos sobre economia e o mercado financeiro brasileiro seriam a maior contribuição do executivo para a Azul.

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Daqui para frente, Meirelles opinará sobre os rumos de uma empresa ainda maior: no fim de maio, a Azul anunciou a fusão de suas atividades com a Trip, dando origem à terceira maior companhia aérea do Brasil. A associação ainda depende da aprovação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Lazard – No último dia de maio, foi a vez de Meirelles ocupar a presidência do conselho do banco Lazard nas Américas. Assessor financeiro de empresas, o Lazard atuava no Brasil por meio de uma joint venture firmada em 2004 com a consultoria Signatura. Com a presença de Meirelles, o banco pretende dar mais força às atividades desenvolvidas no país: no mesmo dia em que anunciou a contratação do executivo, a instituição divulgou a integração de suas operações por aqui.

O Lazard está presente em 27 países e presta consultoria em fusões e aquisições, reestruturações de capital e finanças corporativas. No Brasil, o banco de investimento assessorou operações como a fusão das Casas Bahia à ViaVarejo (antiga Globex), e a venda da Alphaville para a Gafisa.

KKR – A KKR (Kohlberg Kravis & Roberts) vinha assediando Meirelles há algum tempo, mas foi nesta segunda que a empresa anunciou a contratação do executivo para o cargo de conselheiro sênior.

Uma das maiores gestoras globais de fundos de private equity, a KKR possui cerca de 62 bilhões de dólares sob gestão. De agora em diante, a empresa deverá abrir um escritório no Brasil e arrebanhar funcionários locais. Hoje, sua presença limita-se à participação em empresas com atuação no Brasil, como a rede de ensino Laureate, que tem 10 universidades no país, entre as quais a Universidade Anhembi Morumbi, a Business School São Paulo (Esade) e a Universidade Salvador (Unifacs).

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