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Nextel fecha acordo para usar a rede 3G da Vivo

Segundo a empresa, usuários que entrarem numa área sem cobertura da Nextel serão automaticamente transferidos para a Vivo

Por Da Redação
13 jan 2014, 14h25

A Nextel fechou um contrato com a Telefônica Brasil/Vivo que permitirá à empresa utilizar serviços de voz e dados da Telefônica no Brasil. O acordo, que vale por cinco anos e foi costurado diretamente com a sede espanhola da companhia de telefonia, possibilitará que toda a vez que um usuário brasileiro entrar em uma área sem cobertura da Nextel, ele será automaticamente transferido em roaming para a Vivo para uso de voz e rede 3G.

“O contrato faz parte das iniciativas da companhia para aumentar a eficiência de uso e desenvolvimento da rede 3G, resultando em uma melhor alocação de capital e margens do negócio”, afirmou a Telefônica, completando que o contrato é um passo natural no processo de otimização da rede no país.

O valor da operação não deverá ser revelado pelas partes. No entanto, fontes disseram que o montante negociado foi considerado interessante o suficiente pelo grupo espanhol, apesar de executivos locais da Vivo temerem que o tráfego dos clientes da Nextel possa representar um “peso” adicional à capacidade da rede da operadora líder no país.

Para a Nextel, o acordo servirá para tirar a operadora de um impasse. A empresa, que sempre foi mais conhecida pelo serviço de rádio, se viu em uma espécie de “limbo” a partir do momento em que a demanda dos usuários de telefonia móvel saiu da voz para os dados. A companhia venceu a licitação da banda H do 3G, em 2010, e vinha tentando construir uma rede de web móvel. Apesar disso, mais de três anos depois, sua cobertura 3G ainda se restringe Rio e São Paulo.

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O negócio tira da Nextel a pressão de ter de fazer uma rede própria rapidamente em mercados menos rentáveis. A operadora deverá continuar a expansão de seu serviço 3G, até para cumprir metas de expansão combinadas com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Segundo fontes de mercado, essa dificuldade em se adaptar às mudanças do setor de telefonia custou caro à operadora nos últimos dois anos. A empresa viu sua carteira de clientes minguar à medida que a vantagem do rádio – que era o serviço de voz ilimitado entre seus usuários – foi se esvaindo depois que as grandes operadoras, lideradas por um movimento da TIM, começaram a oferecer planos com ligações grátis dentro de sua própria base.

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Para a Nextel, o acordo com a Telefônica garantirá aos clientes que usam a internet constantemente a cobertura fora do Rio e de São Paulo. Nos últimos meses, mesmo com a cobertura limitada de 3G, a empresa mudou o perfil dos pacotes de serviço oferecidos ao consumidor. Deixou o foco no rádio e a internet móvel passou a ser o “carro-chefe” das ofertas. Há planos da operadora que até excluem o “clássico” rádio.

Mesmo assim, a Nextel seguia com dificuldades em se firmar no mercado. A receita da empresa no país foi de 491 milhões de dólares no terceiro trimestre de 2013, queda de 29% em relação ao mesmo período de 2012.

(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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