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Taxa de desemprego é a menor para abril desde 2002

Já o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 0,2% na comparação com março, aponta o IBGE

Por Da Redação
23 Maio 2013, 09h56

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,8% em abril, ante 5,7% registrados em março, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número veio um pouco acima do esperado por analistas consultados pela Reuters, que apostavam em queda para 5,6% no mês. Ainda assim, o índice é o menor para abril desde o início da série histórica, em 2002. O número é reflexo do modelo de crescimento adotado pela presidente Dilma Rousseff, baseado na ampliação do emprego e do consumo – insuficiente para colocar nos trilhos a economia do país, conforme alertou reportagem do site de VEJA publicada em abril. Tal modelo traz riscos inflacionários e reduz a produtividade de diversos segmentos da economia brasileira, resultando no período de desaceleração econômica verificado atualmente.

A confortável situação do mercado de trabalho no Brasil tem dois componentes primordiais: o gasto público e o consumo. O governo aumenta seus gastos para estimular a economia, resultando na criação de postos de trabalho. A massa salarial recém-criada exerce seu poder de compra e faz girar a roda do capitalismo, criando uma espiral de otimismo e crescimento econômico – como vinha acontecendo até o início de 2011. Num mundo ideal, essa dinâmica seria acompanhada por investimentos pesados em educação e inovação, além da abertura de mercado para estimular a concorrência e melhorar, assim, a produtividade dos setores econômicos. E justamente nesta segunda etapa mora o erro do governo petista: a inovação foi relegada ao último plano ao longo da era Lula, e o protecionismo da indústria é a regra básica do governo Dilma. Assim, o emprego cresce estimulado pelo consumo, a demanda aumenta num ritmo acelerado acentuando desequilíbrios de preço – e a inflação encontra aí sua morada.

Renda – O rendimento médio real dos trabalhadores teve queda de 0,2% na comparação com março, mas alta de 1,6% ante abril de 2012. A massa de rendimento médio real dos ocupados ficou em 43 bilhões de reais, estável na comparação com março e 2,4% superior a igual mês do ano passado.

Desocupação – Nas seis regiões pesquisadas, 1,414 milhão de pessoas estavam desocupadas em abril. De acordo com o IBGE, o número “não mostrou variação significativa, tanto na comparação mensal quanto na anual”. Em abril de 2012, a taxa de desemprego estava em 6%.

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O IBGE observou ainda que a população ocupada, 22,906 milhões de pessoas, também não sofreu alterações significativas nas duas comparações. Por outro lado, o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado – 11,452 milhões de pessoas – teve variação positiva de 0,1%. Na comparação com abril de 2012, esse número cresceu 3,1%, o que representa mais 342.000 postos de trabalho com carteira assinada no intervalo de um ano.

A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

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