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Setor público tem o pior déficit primário para julho, de R$ 10 bilhões

No acumulado em 12 meses, rombo nas contas públicas equivalente a 0,89% do Produto Interno Bruto (PIB), o pior da série histórica do Banco Central

Por Da Redação
28 ago 2015, 12h10

O setor público brasileiro teve déficit primário de 10,01 bilhões de reais em julho, o pior para o mês desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em dezembro de 2001. No acumulado em 12 meses o rombo primário somou 50,99 bilhões de reais, o equivalente a 0,89% do Produto Interno Bruto (PIB), também o pior da série histórica do BC. O resultado retrata as dificuldades do governo para o cumprimento da meta fiscal de 2015 diante da debilidade econômica e da fraca arrecadação. O déficit primário de julho veio muito acima das projeções de analistas, cuja mediana para julho apontava para saldo negativo de 7,2 bilhões de reais em pesquisa da Reuters.

Segundo dados divulgados pelo BC nesta sexta-feira, o resultado do mês passado foi motivado pelo saldo negativo de 6,04 bilhões de reais obtido pelo governo central (que reúne as contas do BC, Tesouro e Previdência), também sendo influenciado pela contribuição negativa de 3,16 bilhões de reais de Estados e municípios e de 810 milhões de reais de empresas estatais.

O desempenho tem como pano de fundo uma retração real de 3,13% no recolhimento de tributos em julho sobre um ano antes, no pior desempenho para o mês desde 2010. Com isso, o déficit primário como proporção do PIB em 12 meses foi a 0,89%, renovando mais uma vez o pior patamar da série e num percentual distante do superávit primário buscado pelo governo para o ano.

Já a dívida bruta como percentual do PIB alcançou 64,6% em julho, acima da estimativa anterior do BC de que ficaria em 63,5%.

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No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o superávit primário, economia para o pagamento de juros da dívida pública, ficou em 6,20 bilhões de reais, inferior aos 24,66 bilhões de reais do mesmo período de 2014.

Meta – A meta fiscal deste ano foi drasticamente reduzida pela equipe econômica no mês passado em meio à recorrente frustração com a arrecadação, passando para 8,74 bilhões de reais, ou 0,15% do PIB, contra 66,3 bilhões de reais anteriormente. O cumprimento conta com receitas extras, algumas das quais dependentes de aprovação do Congresso.

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(Com agência Reuters)

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