Mercado financeiro volta a elevar expectativa de inflação
Previsão para 2010 passa de 5,78% para 5,85%; para 2011, houve uma leve alta
O mercado financeiro voltou a elevar a previsão para a alta de preços acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, conforme a pesquisa Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). A expectativa para a inflação em 2010 subiu de 5,78% para 5,85%, em um patamar ainda mais distante do centro da meta de inflação para o ano, que é de 4,50%. A estimativa para o IPCA em 2011 teve leve alta, de 5,20% para 5,21%.
No caso da inflação de curto prazo, o mercado subiu de 0,55% para 0,58% a previsão para o IPCA de dezembro. Para a inflação de janeiro, a taxa prevista seguiu em 0,60%, de acordo com a Focus.
A previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, segundo a pesquisa semanal Focus, também foi alterada. A estimativa para a expansão da economia neste ano subiu de 7,54% para 7,61%. Para o ano que vem, a previsão para o PIB foi mantida em 4,50%. A estimativa para a produção industrial em 2010 caiu de 10,70% para 10,67%. Para o ano que vem, a projeção para a expansão da indústria subiu de 5,30% para 5,35%.
De acordo com a pesquisa, os analistas também mantiveram a previsão para a Selic (a taxa básica de juros da economia) para o fim de 2011, em 12,25% ao ano. Os analistas alteraram levemente o patamar esperado para o dólar no fim de 2010. A taxa de câmbio esperada para o fim de dezembro passou de 1,71 real para 1,70 real. Para o fim de 2011, a expectativa para a moeda americana permaneceu em 1,75 real. A previsão do câmbio médio no decorrer de 2010 seguiu em 1,76 real e do câmbio médio em 2011 permaneceu em 1,73 real.
Contas externas – O mercado financeiro manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano é de 50 bilhões de reais. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos passou de 68,80 bilhões de reais para 69,05 bilhões de reais.
Na contramão, as estimativas para a produção industrial e balança comercial em 2010 caíram de 10,70% para 10,67% e de 16,24 bilhões de dólares para 16,1 bilhões de dólares. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial seguiu em 8 bilhões de dólares. Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010, de 30 bilhões e dólares. Para 2011, a previsão subiu de 37,5 bilhões de dólares para 38 bilhões de dólares.
(com Agência Estado)