Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quase 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalhos forçados no mundo

Por Da Redação
1 jun 2012, 09h10

Genebra, 1 jun (EFE).- Quase 21 milhões de pessoas no mundo estão obrigadas a trabalhar contra sua vontade, pressionadas por contratistas e empregadores que em muitos casos as ameaçam com dívidas, retenção de documentos, denúncias perante departamentos de imigração e inclusive violência física.

Segundo o relatório ‘Estimativa Global de Trabalho Forçado’, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e divulgado nesta sexta-feira, a maior parte destas pessoas são exploradas na economia privada (90%), enquanto os demais realizam trabalhos forçados impostos pelo Estado.

Em entrevista coletiva, o diretor-executivo do Setor Normas e Direitos Fundamentais no Trabalho da OIT, Guy Ryder, explicou que a prevalência dos empregos forçados é um problema ‘que afeta todo o mundo’, apesar de a região da Ásia e do Pacífico ser a que concentra um maior número absoluto de pessoas afetadas, cerca de 11,7 milhões.

A esta lhe seguem – em números absolutos – África (3,7 milhões de afetados), América Latina (1,8 milhões), Europa Central (1,6 milhões), as economias desenvolvidas e a União Europeia (1,5 milhão) e o Oriente Médio (600 mil).

Continua após a publicidade

Em relação à prevalência do trabalho forçado, o relatório conclui que este é mais comum na Europa Central e Oriental (4,2 pessoas por cada mil habitantes), seguido da África (4), Oriente Médio (3,4 ), Ásia e Pacífico (3,3), América Latina e Caribe (3,1) e as economias desenvolvidas (1,5).

A diretora do Programa Especial da OIT para Combate ao Trabalho Forçado, Beate Andrees, assegurou que receberam denúncias ‘em quase todos os países do mundo’ e, perguntada por aqueles nos quais existe um maior número de casos, citou o sul da Ásia e o Brasil.

Em relação ao Brasil, um relatório complementar lembra que o país iniciou desde 2002, e em colaboração com a OIT, numerosos programas para combater o trabalho forçado, e Andrees destaca que muitos países vizinhos ‘se esforçam para aprender com a experiência brasileira’.

Continua após a publicidade

Andrees acrescentou que na América Latina se encontraram casos de trabalho forçados em todos os países e explicou que no Peru, Bolívia e Paraguai são realizados programas para combatê-lo na agricultura, indústria têxtil e trabalho doméstico.

Explicou também que no caso dos países desenvolvidos, a maior parte dos casos tem a ver com a imigração.

‘Muitas vezes a passagem de um país a outro está vinculada particularmente ao tráfico sexual. Este tipo de trabalho forçado tem muita prevalência nesses países’, concluiu.

Continua após a publicidade

Do número total de pessoas obrigadas a trabalhar contra sua vontade, 26% (5,5 milhões) são crianças. Por sexo, as mulheres e as meninas representam 55% (11,4 milhões). EFE

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.