Produção de emergentes desacelera em dezembro
Segundo o HSBC, autor da pesquisa, os emergentes crescem ao mesmo ritmo do início da recuperação pós-crise, em 2009-10. Porém, entre BRICs, Brasil é o que mostra um cenário mais otimista
A atividade empresarial em mercados emergentes cresceu a uma taxa mais lenta em dezembro, afetada particularmente por uma desaceleração no crescimento do setor de serviços. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo HSBC, que reúne serviços e indústria, caiu de 52,1 para 51,6 pontos entre novembro e dezembro. A boa notícia é que, mesmo com a queda, ele permanece acima de 50 pontos – abaixo deste patamar significa retração da atividade, enquanto acima, expansão.
“Os serviços indianos continuaram a mostrar fraqueza, o crescimento dos serviços chineses também veio mais baixo”, disse Murat Ulgen, economista-chefe do HSBC para Europa central e oriental e para a África subsaariana. “Os mercados emergentes não estão tão dinâmicos como costumavam estar; eles não estão crescendo com tanta força como estavam no início da recuperação em 2009 e 2010.”
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O índice de serviços indiano está abaixo de 50 pontos há seis meses, segundo a pesquisa. A leitura para o setor de serviços da China em dezembro, de 50,9 pontos, foi a mais baixa desde agosto de 2011.
Entre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil continua a mostrar otimismo mais forte sobre o crescimento da produção neste ano, mas esse nível de otimismo diminuiu nos últimos dois meses.
O HSBC indicou ainda níveis bons de produção da indústria em Taiwan, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Mas países de alto déficit público, como Brasil, Índia e Indonésia, foram afetados pelos planos do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) de reduzir seu estímulo monetário.
(com agência Reuters)