Petrobras poderá fazer nova licitação para sondas
Isso acontecerá se a estatal não ficar satisfeita com a proposta que a empresa Ocean Rig deverá enviar até a meia-noite desta quinta
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, disse nesta quinta-feira que a empresa poderá convocar uma nova licitação para a fabricação de cinco sondas de perfuração. Isso acontecerá se a Petrobras não ficar satisfeita com a proposta que a empresa Ocean Rig, contratada para o serviço no início do ano, deveria ter apresentado hoje, prazo final estipulado pela petroleira.
“O prazo vence hoje, mas estou aqui (na feira Rio Oil & Gas), não sei a empresa já entregou. A alternativa (se a proposta não agradar) vai ser uma nova licitação. Como ela vai ser e quando ela vai acontecer, não tenho ainda este dado. Esse assunto não vai se resolver à meia-noite de hoje”, afirmou o executivo.
Para Formigli, a proposta da Ocean Rig deverá ser “bem estruturada”. “Certamente não deverá ser uma proposta simplória”, afirmou. O diretor de Engenharia da Petrobras, José Antônio Figueiredo, revelou quarta-feira que a proposta da Ocean Rig será a de construir as sondas em parceria com a OSX, do empresário Eike Batista.
Graça critica a demora – Diante da demora da Ocean Rig em entregar a proposta para as cinco sondas, a presidente da Petrobras, Graça Foster, enviou recado ao setor de construção naval: “Só é possível atingir a curva de produção de petróleo se os estaleiros cumprirem com precisão o que foi assinado. Cada dia de sol ou de chuva é importante para que a gente consiga produzir o óleo necessário à continuidade da nossa empresa. Não pode atrasar”, afirmou.
A executiva apresentou os projetos de contratação de plataformas e sondas da estatal de 2012 a 2020, enfatizando que o seu trabalho é de continuidade dos projetos iniciados na gestão anterior, de José Sérgio Gabrielli. A presidente da Petrobras ressaltou que para alcançar a meta de produção de 4,2 milhões por dia de barris de petróleo e de líquido de gás natural em 2020 será necessário contar com 38 unidades de produção. Estão previstas 50 novas sondas de perfuração. “Temos um desafio com as sondas de perfuração que serão construídas no Brasil, de conteúdo local”, destacou.
A executiva lembrou que “a prioridade A, B, C D da Petrobras é a curva de produção”. Projetos de refinarias, plantas de fertilizantes, termelétricas etc vêm para complementar a produção, disse. Graça também lembrou que a companhia tem reservas provadas de 15,7 bilhões de barris e 15,8 de crescimento potencial, elevando o volume potencialmente recuperável para 31,5 bilhões de barris. “A curva de produção não sai de nossas mentes”, disse. “Estamos apenas começando a nossa caminhada”.
(Com Agência Estado)