Pedidos de auxílio-desemprego e inflação sobem nos EUA
Número de trabalhadores que entraram pela 1ª vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 9 mil na semana até 13 de agosto; inflação ao consumidor avançou 0,5% em julho
O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 9 mil, para 408 mil, após ajustes sazonais, na semana até 13 de agosto, informou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. O dado da semana anterior foi revisado em alta para um total de 399 mil novos pedidos, acima dos 395 mil informados anteriormente.
A estatística surpreendeu o mercado. Os economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam aumento de 5 mil pedidos para 400 mil. A média móvel de pedidos feitos em quatro semanas, calculada para suavizar a volatilidade do dado, caiu 3.500, para 402.500.
Na semana encerrada em 6 de agosto, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego subiu 7 mil, para 3,702 milhões. A taxa de desemprego para trabalhadores com seguro-desemprego permaneceu em 2,9% na semana até 6 de agosto frente a anterior.
Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de Estado para Estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício.
Inflação – Outro indicador esperado pelos investidoers nesta quinta-feira, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, subiu 0,5% em julho, na comparação com junho, em termos ajustados, informou o Departamento do Comércio. Essa foi a maior alta desde março deste ano e ficou acima da estimativa dos economistas ouvidos pela Dow Jones, que era de alta de 0,3%.
O núcleo do CPI – que exclui itens voláteis como alimentos e energia e é considerado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) um indicador mais confiável das tendências da inflação – aumentou 0,2% no mês em julho, em linha com as previsões.
Em comparação com julho do ano passado, o CPI subiu 3,6%, acima da meta do Fed. No entanto, excluindo alimentos e energia, a inflação ficou apenas 1,8% mais alta no espaço de 12 meses.
Os preços da energia cresceram 2,8% em julho, depois de caírem 4,4% em junho. Os preços da gasolina, que aumentaram 4,7% em julho, corresponderam a quase metade da alta na inflação. Os alimentos tiveram crescimento de 0,4% nos preços em julho, o dobro da alta registrada no mês anterior.
A renda real semanal dos assalariados caiu 0,1% em julho. Desde o pico, em outubro de 2010, os salários ajustados pela inflação diminuíram 1,3%, mostrando que a pressão salarial permanece pequena e impõe pouca ameaça à inflação.
(com Agência Estado)