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País deixa de fazer mais de um terço de obras antiapagão

Segundo o ONS, de 310 obras que precisam ser construídas entre 2015 e 2017, 34% são empreendimentos que ainda não foram licitados pelo governo

Por Da Redação
2 dez 2014, 11h07

Mais de um terço das obras indicadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) como prioritárias para garantir o abastecimento elétrico do país deixou de ser executada pelo governo. De 310 obras que precisam ser construídas entre 2015 e 2017, 34% são empreendimentos que já foram pedidos em estudos anteriores, mas não foram licitados pelo governo. A informação consta do Plano de Ampliações e Reforços (PER), relatório do ONS que acaba de ser concluído.

Nesse documento, que é atualizado anualmente, o órgão responsável pela gestão do suprimento nacional de energia define quais os projetos atrelados à transmissão e de energia devem entrar em operação nos próximos três anos, para evitar riscos de apagões. Pelos cálculos do ONS, o governo teria de investir 13,8 bilhões de reais nessas ações de ampliação e reforço de linhas de transmissão. Ocorre que boa parte dos projetos nem sequer tem previsão de ser objeto de leilão.

Os dados apontam que, dos 45 mil quilômetros de novas linhas de transmissão que precisam entrar em operação nos próximos três anos, 10,2 mil quilômetros ainda não têm previsão de concessão, ou seja, não estão no planejamento para ser leiloadas. A maior parte dessas linhas está concentrada nas regiões Sudeste/Centro-Oeste (38%), onde está a maior parcela do consumo nacional de energia.

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Para especialistas do setor, boa parte da frustração dos resultados está relacionada à crescente incapacidade do governo de atrair empreendedores interessados em investir em projetos elétricos, principalmente de transmissão de energia.

“Os projetos estão sendo oferecidos com um preço-teto totalmente irrealista ao investidor. Soma-se a isso o risco envolvido nesses projetos, principalmente quanto ao licenciamento ambiental. Não é por acaso que os leilões têm dado resultado vazio”, comenta o presidente do Instituto Acende Brasil, especializado em estudos do setor elétrico, Claudio Sales.

(Com Estadão Conteúdo)

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