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Na berlinda, Levy diz que se sente confortável no governo

Ministro da Fazenda participou nesta quinta de reunião fechada com investidores e analistas em Nova York

Por Da Redação
19 nov 2015, 18h02

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse a jornalistas nesta quinta-feira que se sente confortável no governo. “Eu estou tranquilo. O importante são as políticas, fazer as coisas para acabar a obra”, afirmou, destacando que o Brasil está em um momento de transição para enfrentar a nova realidade global. Perguntado se se sente confortável no governo, o ministro disse que “sim”.

“Todo mundo dizia que não ia ter aeroporto. O governo tomou as decisões, fez as concessões, passou uns meses em obra. Hoje, olha os aeroportos que o Brasil tem. Então é assim, hoje a gente trabalha, está nas obras, tem um bom arquiteto. No final vai ficar bacana”, disse Levy. “Toda vez que você conserta as coisas e está em obra as coisas parecem bastante difíceis”, disse.

Questionado sobre a declaração de Lula nesta quarta-feira, de que Levy é “problema da presidente Dilma Rousseff”, o ministro disse que vê a fala com “naturalidade”. “Ele estava querendo dizer que ele tem os problemas dele e a presidente tem as questões dela. Isso me parece perfeitamente natural. As pessoas gostam de botar intenções nele, acham que ele faz isso e faz aquilo e esquecem as muitas coisas que ele fez”, disse Levy, contando que teve a oportunidade de conviver com o ex-presidente em 2003. “Naquela época, eu pensei ‘dinheiro muito bem gasto no Bolsa Família’, e transformou o Brasil. Então, claramente, o presidente tem um registro de realizações extraordinárias e está cuidando das coisas dele”, disse.

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Congresso – O ministro afirmou ainda que o Congresso deu uma “sinalização extraordinária” nesta semana ao votar temas importantes e apontando possível solução para o orçamento do ano que vem. Questionado sobre a alta da inflação, que superou os 10% este mês, Levy disse que a principal fonte de inflação no Brasil tem a ver com a área de serviços. “Em todos os países do mundo o declínio da inflação nessa área demora um pouco mais, mas acho que ela está cedendo, temos que continuar perseverando”, afirmou.

Levy disse que é preciso tomar medidas também para ter estabilidade do câmbio e garantir a volta da confiança, uma vez que a questão fiscal seja resolvida. “Aí acho que a gente vai ver resultados importantes na área da inflação. O Banco Central está trabalhando forte para a gente alcançar isso”, afirmou aos jornalistas.

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Não adianta insistir em velhas fórmulas para fazer a economia retomar o crescimento, argumentou o ministro. “A solução tem que ser mais ambiciosa, não adianta voltar com os mesmos remédios”, disse, ressaltando que a presidente Dilma Rousseff já declarou que medidas tomadas anteriormente se esgotaram. “Tem que ter coragem, continuar trabalhando e não adianta tentar atalhos sem imaginação.”

Se o orçamento já tivesse sido aprovado, a melhora do ambiente econômico se daria em ritmo mais rápido, afirmou o ministro. “O Orçamento está avançando, aí a gente vai ter mais uns mesezinhos até a gente poder tirar todos os andaimes e tapumes e a gente vê como pode ser este novo Brasil, mais competitivo, com mais concorrência, com empresas mais produtivas.”

Levy participou de uma reunião fechada com investidores e analistas em um evento promovido pelo Bradesco BBI, em Nova York, que reúne 68 empresas brasileiras e tem a participação de investidores institucionais dos Estados Unidos, Ásia, Brasil e Europa. Entre as empresas participantes estão a Vale, Cyrela, Klabin, Braskem e Sabesp.

“O evento juntou mais de 70 CEOs e investidores que estão interessados no Brasil, continuam interessados, porque sabem que o Brasil é sempre uma boa pedida”, afirmou o ministro. Perguntado sobre se o Brasil está barato, Levy disse que o “Brasil está bom.” “O Brasil está interessante, está com upside” disse.

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(Com Estadão Conteúdo)

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