O dólar interrompeu série de cinco altas seguidas e fechou com queda de mais de 1% nesta quarta-feira, voltando a 2,70 reais, acompanhando o tombo de mais de 10% do dólar sobre o rublo após o anúncio de novas medidas do banco central da Rússia.

A moeda americana fechou em baixa de 1,23%, a 2,7018 reais na venda, após atingir 2,7529 reais na máxima e 2,6894 reais na mínima do dia. Nas cinco sessões anteriores, a divisa dos Estados Unidos acumulou alta de 5,29%.

Na terça-feira, a Rússia vivenciou o que os mercados apelidaram de ‘terça-feira negra’, quando sua moeda chegou a perder 24% e 28% perante do dólar e o euro, respectivamente. A disparada da moeda americana ocorreu mesmo após o Banco Central do país ter autorizado uma alta dos juros de 10,5% para 17% em reunião de emergência.

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O rublo, que abriu de novo em baixa na Bolsa de Moscou, estabilizou-se depois que o Ministério das Finanças anunciou que começará a vender reservas para conter a disparada. Foram vendidos cerca de 7 bilhões de dólares, segundo o vice-ministro de Finanças, Alexei Moiseyev. Com isso, o dólar recuou mais de 10%, sendo negociado a 60 rublos.

Em pronunciamento, o premiê Dmitri Medvedev usou expediente familiar: culpou o exterior pelos problemas no país.”Nos deparamos com problemas relacionados a dois fatores bem conhecidos por todos e que não dependem de nosso país: a contínua queda dos preços do petróleo e a negativa influência política do exterior. Me refiro às sanções”, disse. Segundo Medvedev, trata-se da pior crise monetária da ‘era Putin’. “Os mercados financeiros estão praticamente fechados para os bancos russos”, disse.

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Apesar da queda do dólar, na prática, porém, a moeda já está sendo vendida mais cara nas ruas. Nas agências abertas, o dólar era vendido a 92,99 rublos e o euro a 107,99 rublos – mais uma comissão de 2% -, acima inclusive do máximo alcançado na terça, quando a cotação chegou a 80 rublos por dólar e 100 por euro.

Em algumas lojas de roupa estrangeiras, a alta dos preços chega a 20%. A Apple Rússia reconheceu que sua loja virtual, que esteve durante toda a noite desativada, não funcionaria até ficar claro que câmbio deve ser utilizado. “Nossa loja on-line não está acessível neste momento, até que revisemos os preços’, disse um porta-voz da empresa, que planeja uma alta de 10%, pelo menos.

(Com EFE)