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Mantega diz que reajuste da gasolina não pode ser feito ‘de improviso’

Governo tem mostrado resistência à fórmula apresentada pela estatal por temer pressão inflacionária

Por Da Redação
26 nov 2013, 15h05

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que a decisão sobre a fórmula de reajuste dos preços dos combustíveis não pode ser tomada “de improviso”. Mantega, que é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse ainda que o modelo não pode ser inflacionário. “A fórmula do reajuste não pode ser de improviso. É algo que tem que ser muito cauteloso para que se tenha uma metodologia que não seja inflacionária, que não indexe a economia”, afirmou o ministro a jornalistas. “Quando (a fórmula) ficar pronta, será apresentada. Será uma decisão da diretoria (da Petrobras)”, disse.

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A diretoria da Petrobras aprovou e submeteu ao Conselho de Administração uma proposta de nova política de preços que prevê reajustes automáticos e periódicos dos combustíveis. Mas o governo resiste à ideia, temendo que se torne um peso extra à inflação. O conselho da Petrobras deve avaliar a proposta em sua próxima reunião, na sexta-feira. “Estamos amadurecendo uma modalidade – não vou dizer nem uma fórmula – para eventual reajuste do combustível. Isso não pode ser uma indexação. Estamos trabalhando no Brasil para desindexar, para reduzir a inflação e não podemos ter um mecanismo dessa natureza”, afirmou Mantega.

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Questionado se haverá reajuste de preços dos combustíveis neste ano, o ministro não mudou a retórica: respondeu que essa é uma decisão da direção da Petrobras.

Defasagem – A decisão de não reajustar preços, liderada pelo Ministério da Fazenda, fez a estatal perder 14,1 bilhões de reais no acumulado do ano até agosto, segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). O valor perdido seria suficiente para pagar duas vezes o bônus de Libra – e ainda sobrariam recursos.

O saldo calculado pelo CBIE decorre da diferença entre os preços praticados pela empresa no mercado interno e os preços internacionais da gasolina e do óleo diesel, sem contar a variação cambial. O dólar se valorizou 6,8% no acumulado do ano. Segundo o CBIE, apenas em agosto a Petrobras perdeu 3,95 bilhões de reais ao absorver a variação. O órgão calcula que média mensal de perdas nos primeiros oito meses do ano é de 1,8 bilhão de reais.

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Com problemas de caixa que a levaram a executar um programa de venda de ativos de 4,3 bilhões de dólares, a empresa vem sendo questionada se conseguirá arcar com seus compromissos de investimento e com o pagamento do bônus de Libra. Graça Foster afirmou, em entrevista à imprensa, que a estatal pagará tranquilamente o valor sem precisar recorrer ao aumento da gasolina. O ministro Guido Mantega chancelou o discurso da executiva. Contudo, no início de outubro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deixou claro que um aumento estava por vir entre o final de 2013 e o início de 2014.

(com agência Reuters)

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