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G20 aprova aumento de aportes financeiros ao FMI

Desta forma, países emergentes poderão injetar mais recursos no fundo - em troca de maior participação nas decisões

Por Da Redação
4 nov 2011, 11h01

Segundo o comunicado final da reunião do G20 (que reúne em Cannes as vinte maiores economias do mundo), os líderes dos países presentes aprovaram o aumento dos aportes financeiros voluntários do Fundo Monetário Internacional (FMI). A medida significa que países emergentes como o Brasil, a China e a Rússia poderão direcionar mais recursos ao fundo, em troca de maior participação nas decisões tomadas, segundo informações do jornal Le Figaro. “Há um acordo entre todos os membros do G20 para aumentar os fundos do FMI. E há um segundo acordo para estudar, até o mês de fevereiro, várias modalidades de colaboração entre o Fundo e o fundo europeu de estabilidade, para também aumentar a capacidade deste último”, afirmou o presidente Nicolas Sarkozy, em coletiva de imprensa em Cannes.

O Brasil já havia demonstrado interesse em direcionar mais recursos ao fundo, sobretudo após confirmar que irá ajudar a Europa por meio do FMI. No entanto, durante o G20, a presidente Dilma Rousseff não sinalizou qual será a quantia que caberá ao Brasil, pois esse tipo de detalhamento ainda não foi definido durante o encontro. “Os BRICS entraram em acordo sobre o fato de que toda a ajuda financeira à zona do euro será efetuada via FMI”, afirmou a presidente, em coletiva nesta tarde, após a conclusão do encontro. Dilma ressaltou que o Brasil não fará investimentos diretos na Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês).

O aumento dos recursos será feito de três formas. Primeiro, por meio de uma nova linha de liquidez e precaução – que irá beneficiar países que precisem de liquidez no curto prazo, como forma de prevenção a uma possível derrocada econômica. O G20 também propôs a criação de um novo veículo de empréstimo emergencial para nações vítimas de catástrofes naturais ou reconstrução pós-conflitos políticos, como no caso da Primavera Árabe.

Por fim, os países do G20 entraram em um acordo sobre o aumento dos aportes para empréstimos de médio prazo. “Para enfrentar as dificuldades atuais na economia mundial, o G20 se compromete a manter os recursos suficientes no FMI para assegurar suas missões com credibilidade, beneficiando todos os seus membros”, explica o documento final do encontro. Para isso, duas opções estão sobre a mesa: a mobilização de empréstimos bilaterais adicionais ou a criação de uma estrutura especial junto ao fundo para permitir o financiamento de acordos regionais. No entanto, os líderes ainda não avançaram quais são os números dessa ampliação da capacidade do fundo.

Segundo a chanceler alemã, Angela Merkel, os líderes do G20 concordaram, em princípio, que o FMI e a EFSF poderiam trabalhar juntos no auxílio à Europa, mas como isso será feito ainda é uma incógnita. “No próximo período nós vamos trabalhar nas orientações para a EFSF e todos os membros do FMI estão convidados a participar voluntariamente (na EFSF) de uma forma que seja apropriada para eles”, disse Merkel. “Acho que nós temos um processo interessante adiante e a discussão ainda não foi concluída”, acrescentou.

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