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Levy desmente recessão – mas os economistas, não

Por Da Redação
22 jan 2015, 21h10

O ministro Joaquim Levy tem usado o famoso “papo reto” com autoridades e investidores que o questionam sobre o Brasil. Em sua agenda abarrotada, que prevê encontros que vão desde Christine Lagarde, do FMI, até a rainha Máxima, da Holanda, o ministro da Fazenda tem reconhecido que 2015 será um ano de crescimento zero – ou quase – e que seu objetivo é consertar a parte fiscal. Levy não fala de inflação e câmbio porque, na sua visão de discípulo da Universidade de Chicago, quem cuida disso é o Banco Central. Na quarta-feira, em Davos, na Suíça, o ministro cometeu a gafe de afirmar que o Brasil teria recessão em algum trimestre em 2015. Levy, na verdade, se confundiu. O termo recessão só pode ser usado quando houver, ao menos, dois trimestres seguidos de contração econômica. Como o ministro se referia a apenas um trimestre, deveria ter usado a palavra contração. A correção foi feita no dia seguinte por seus assessores, que alegaram que Levy estava exausto e acabou se enganando.

O problema é que o ato falho do ministro faz todo o sentido para alguns economistas que observam o Brasil e comparecem ao Fórum Econômico Mundial. Pelo menos quatro economistas ouvidos pelo site de VEJA nos salões do evento afirmaram esperar para 2015 recessão de 0,3% a 0,6%, puxada pelo desaquecimento da indústria, do consumo das famílias e também do governo. A crise de energia, que tende a se agravar com a estiagem do meio do ano, deve piorar o quadro recessivo. Para a inflação, as previsões para o primeiro semestre são de uma disparada que não se via em quinze anos, puxada pelos reajustes de energia e combustível. Mas essa subida de preços, diz um dos economistas, é “bem-vinda”. “Se ela explodir em 2015, vai ser bom. Que não me ouçam, mas vai ser bom. Por um lado, expressa a correção dos preços administrados. Por outro, ajuda o lado fiscal”, afirma. (Ana Clara Costa, de Davos)

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