Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Inflação em alta pode brecar novos reajustes na gasolina

O IPCA de janeiro acendeu o sinal de alerta do governo, que pode novamente usar a Petrobras para controlar os aumentos de preços

Por Da Redação
7 fev 2013, 16h25

A aceleração da inflação em janeiro acima das expectativas do governo torna o cenário ainda mais difícil para novos reajustes da gasolina e do diesel ao longo deste ano, reduzindo as esperanças de um novo – e necessário – aumento dos combustíveis para o caixa da Petrobras, avaliam especialistas. O IBGE divulgou nesta quinta-feira alta de 0,86% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro, a maior variação mensal em quase 8 anos.

“A janela de oportunidade para o reajuste dos combustíveis é a que se abriu com a queda nos preços de energia. Se mesmo com a redução nas tarifas o IPCA veio pressionado, é improvável um novo aumento da gasolina e do diesel”, disse Lucas Brendler, analista da corretora Geração Futura.

Para o analista, o temor do governo com a escalada da inflação é maior do que as preocupações com o caixa da Petrobras, que vem tendo prejuízo com a venda de combustíveis no país nos últimos dois anos, por importar a preços mais altos que os de revenda no mercado interno. O preço da gasolina foi reajustado em 6,6% na refinaria, em 30 de janeiro, enquanto o diesel subiu 5,4%.

Cálculos do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), feitos nesta quinta-feira, mostram que a gasolina nas refinarias no Brasil é vendida com defasagem de 13,8% ante os preços dos Estados Unidos, e o diesel, de 21,7%, mesmo após os reajustes concedidos no fim de janeiro.

Continua após a publicidade

O governo estima uma alta menor para o consumidor, de cerca de 4 por cento para a gasolina na bomba. Para cada 1 por cento de alta no posto, o impacto da alta da gasolina no IPCA é de 0,03 ponto percentual, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Segundo o IBGE, apenas um quarto da queda da tarifa de energia elétrica foi captada em janeiro. Em fevereiro, a contribuição da energia deve ser de menos 0,40 ponto percentual no IPCA.

Leia também:

Reajustes de combustíveis da Petrobras não eliminam defasagem

Petrobras terá ano difícil, diz Graça Foster

Problemas de caixa da Petrobras começam a contaminar fornecedores

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.