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Indústrias não têm espaço para mais dívidas, diz CNI

Um em cada quatro empresas das indústrias da construção, extrativa e de transformação não conseguem ampliar ainda mais seu endividamento

Por Da Redação
16 nov 2012, 14h09

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta sexta-feira um estudo (“Sondagem Especial”) que revela que 37% das empresas das indústrias da construção, extrativa e de transformação – ou uma em cada quatro – não possuem mais espaço para endividamento. Do total de companhias consultadas na pesquisa, 69% disseram ter dívidas, das quais 16% estariam acima do limite razoável, 37% dentro e 47% abaixo.

Em meio às endividadas, 53% disseram não ter mais como ampliar seu endividamento. Entre as indústrias que buscam crédito, quase a metade (47%) reclama da falta de linhas adequadas às suas necessidades. Apenas 18% das empresas afirmaram não possuir qualquer tipo de endividamento, enquanto 13% não respondeu ao questionário.

A informações que subsidiaram a elaboração desta nova “Sondagem Especial” da CNI foram coletadas entre 2 e 13 de julho deste ano, com consultas a 2 383 empresas (849 pequenas, 937 médias e 597 grandes). O trabalho foi realizado em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Cenário – A pesquisa apurou também o cenário sobre a obtenção de crédito no segundo trimestre de 2012. O principal entrave apontado pelos industriais foi a falta de linhas adequadas à necessidade da empresa (47%). Em segundo lugar ficou a exigência de garantias reais (44%). A terceira posição entre os problemas na contratação de empréstimos foi a exigência de documentos e renovação de cadastros (39%).

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Considerando somente o segundo trimestre, 30% das empresas não realizaram empréstimos. Mas entre as que tiveram o crédito aprovado, 30% afirmam que esse valor foi menor do que a empresa precisava. Já 57% das companhias indicaram que os valores foram iguais aos que necessitavam. Para 13%, os valores concedidos foram maiores.

Capital próprio x bancário – A pesquisa aponta que o capital próprio ainda é a maior fonte de financiamento das indústrias (69%). Em segundo lugar vêm os empréstimos bancários (56%) e, na sequência, o crédito de fornecedores e de clientes (35%). A captação externa de recursos é utilizada por somente 4% das companhias industriais. Fatia de 3% recorre ao mercado não bancário.

Em relação aos juros, os empresários industriais avaliaram se as taxas de juros estariam em julho menores, iguais ou maiores às de três meses antes. Não opinaram 30% das empresas sobre as taxas de longo prazo e 27% sobre as de curto prazo. Entre as que opinaram, a percepção aponta retração nas taxas de juros: 45% perceberam queda nas taxas dos financiamentos de longo prazo e 43% apontaram redução nas taxas dos empréstimos de curto prazo.

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Em relação aos prazos dos empréstimos e financiamentos aprovados neste ano, em comparação aos de 2011, há um equilíbrio entre os que consideram os prazos mais longos e os que consideram mais curtos. Para 72% os prazos de 2012 são iguais aos do ano passado. Para 14% os prazos estão maiores, e para outros 14% os prazos estão menores.

Conjuntura – O desempenho da indústria tem sido apontado como o principal obstáculo ao crescimento mais vigoroso da economia. A produção industrial caiu 1% em setembro sobre agosto, registrando o pior resultado em oito meses. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou nesta semana que a economia acelerou no terceiro trimestre, mas o dado de setembro indicou que não há força nessa recuperação.

O ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou recentemente que a economia cresceu cerca de 1% no terceiro trimestre ainda sem recuperação dos investimentos. Segundo ele, o ritmo atual da atividade indica recuperação.

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(com Estadão Conteúdo e Reuters)

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