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Hu Jintao afirma que proeminência do dólar é “coisa do passado”

O presidente assegura que seu governo fez um plano para deixar sua moeda oscilar em função da evolução de outras divisas

Por Da Redação
16 jan 2011, 16h48

Para Hu Jintao, presidente da China, a “liquidez do dólar deve se manter em níveis razoáveis e estáveis”.

O presidente da China, Hu Jintao, chega aos Estados Unidos na próxima semana com a intenção de defender a gestão de seu governo em temas como a apreciação do iuane, apesar de considerar que o domínio do dólar no sistema monetário é “coisa do passado”. Em entrevista concedida aos jornais The Wall Street Journal e The Washington Post, Hu assegura que o principal objetivo da visita que inicia na próxima terça-feira é enfatizar a necessidade de as duas potências aumentarem sua cooperação.

“Os dois países sairão ganhando com uma relação China-Estados Unidos mais sólida, e com menos confronto”, disse Hu, nas respostas escritas a um questionário enviado a Pequim pelos dois jornais. O questionário incluía também perguntas que não foram respondidas e que faziam referência à prisão do Prêmio Nobel da Paz, Liu Xiaobo; ao aumento da potência de sua capacidade militar naval e às queixas de ciberataques supostamente orquestrados pelo governo, segundo informaram os jornais.

Em suas respostas, Hu se mostrou consciente de que os dois países mantêm diferenças em “temas sensíveis”, embora não tenha mencionado nenhum dos temas confrontados por Washington e Pequim nos últimos tempos, como a decisão dos Estados Unidos de vender armas a Taiwan e de receber o Dalai Lama. Outro assunto de conflito foi a cotação do iuane, que os EUA, e especialmente o Congresso, acreditam ser artificialmente baixo, o que prejudica as exportações das empresas americanas.

Na entrevista, o líder chinês assegura que seu governo fez um plano para deixar sua moeda oscilar em função da evolução de outras divisas, vinculada ao balanço de pagamentos internacionais. Além disso, Hu se referiu, embora sem mencioná-lo explicitamente, ao polêmico plano de estímulo monetário do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que quer injetar 600 bilhões de dólares na economia, o que é considerado por muitos países emergentes como uma desvalorização oculta. Sobre o assunto, o presidente da China disse que a “liquidez do dólar deve se manter em níveis razoáveis e estáveis”.

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O governante também afirmou que o atual sistema monetário internacional “é um produto do passado” e declarou que dado que atualmente o dólar é a moeda dominante, a política monetária dos EUA acaba tendo um impacto muito grande nos fluxos de capital e na liquidez da economia mundial. A visita de Hu Jintao começará na terça-feira com um jantar de caráter quase íntimo entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e Hu, acompanhados unicamente por seus respectivos ministros de Relações Exteriores e conselheiros de Segurança Nacional.

Formalidades – Já na quarta-feira, Hu participará de uma cerimônia de boas-vindas na Casa Branca e se reunirá com Obama, junto ao qual concederá uma entrevista coletiva antes de comparecer ao jantar de estado na residência presidencial. Durante a visita, Hu e Obama se reunirão também com empresários de ambos os países. O presidente da China conversará ainda com os líderes do Congresso americano antes de partir na quarta-feira para Chicago, onde visitará uma fábrica.

(Com agência Efe)

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