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G20 aprova um acordo ‘histórico’ sobre os preços agrícolas

Texto de 26 páginas define medidas para tentar diminuir variação dos preços

Por Da Redação
23 jun 2011, 10h18

Robert Zoellick avisa que o acordo não será suficiente para impedir as variações dos preços, mas garante que elas “serão mais suaves”

As vinte economias mais poderosas do planeta chegaram a um acordo sobre um plano de ação para lutar contra a volatilidade dos preços agrícolas. O pacto foi fechado nesta quinta-feira, em Paris, no fim do encontro de ministros da Agricultura do G20, reunidos pela primeira vez no clube das maiores economias desenvolvidas e emergentes. O acordo foi anunciado pelo ministro francês da Agricultura, Bruno Le Maire, o anfitrião do encontro. “Hoje é um grande dia”, comemorou. De acordo com Le Maire, os países do G20 chegaram a um “acordo histórico” sobre como proceder para reduzir a variação dos preços.

O plano de ação acordado pelos ministros, que possui 26 páginas, inclui vários objetivos prioritários, como melhorar a produção e a produtividade da agricultura, reforçar a informação e a transparência do mercado e aperfeiçoar a coordenação política internacional para melhorar a confiança dos mercados internacionais – evitando, assim, as crises alimentares. Além disso, os ministros se comprometeram a reforçar as ferramentas de gestão para limitar os riscos oriundos da volatilidade dos preços, em particular nos países mais pobres, e a melhorar o funcionamento dos mercados derivados de matérias primas.

Como resultado, os líderes esperam reduzir os efeitos da volatilidade de preços de produtos mais vulneráveis e formar reservas financeiras para facilitar o acesso ao crédito agrícola, por meio do Banco Mundial. “Essa base de atuação tem o objetivo de encorajar os países a compartilhar seus dados e a melhorar os sistemas de informação existentes, sem que isso represente, ao mesmo tempo, uma medida coerciva”, afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf.

“A aplicação deste acordo começa hoje. Espero que os efeitos venham o mais rápido possível”, disse Le Maire. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, reconhece que o acordo não será suficiente para impedir as variações dos preços, mas garante que, a partir de agora, elas “serão mais suaves”. No entanto, na avaliação de Le Marie, mesmo com suas limitações, o acordo se mostrou um sucesso. “Se não houvesse um acordo entre os ministros da agricultura, não haveria nada. Esse acordo é uma primeira etapa”, disse o ministro em resposta aos críticos da especulação financeira em cima dos preços dos alimentos, que afirmaram esperar mais determinação dos líderes nesse ponto.

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O secretário de Agricultura americano, Tom Vilsack, também elogiou o pacto obtido pelos ministros do G20. “O consenso obtido hoje representa uma união histórica para combater os desafios crescentes da fome e da volatilidade nos preços dos alimentos”, disse o americano num comunicado ao término da reunião.

As expectativas no começo da reunião eram baixas, já que a versão original do plano proposto pela França, que preside atualmente o G20, não agradava a todos os países do grupo, que representam 77% do total da produção mundial de cereais e 80% do comércio global de produtos agrícolas. Ainda assim, os franceses insistiram na adoção das medidas. Ao abrir o encontro, na noite de quarta-feira, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que a adoção do plano permitiria “garantir a segurança alimentar no mundo” e “mudar a vida de bilhões de agricultores”. “Um mercado sem regras não é um mercado, e sim uma loteria.”

(Com agência France-Presse)

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