Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

G20: antes da briga, promessas de diálogo dos gigantes

Protagonistas da guerra cambial, o americano Obama e o chinês Hu prometem cooperação - mas é improvável que se entendam na aguardada cúpula em Seul

Por Da Redação
11 nov 2010, 07h22

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira, no começo de uma reunião bilateral com seu colega chinês, Hu Jintao, que as duas principais economias do mundo têm a obrigação de buscar “um equilíbrio firme e um crescimento sustentado”. Em tempos de guerra cambial, os chefes de estado se reuniram pouco antes da abertura da cúpula do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes), em Seul.

Obama disse que as duas potências mundiais fortaleceram seus laços nos últimos anos e lembrou que os países também têm “obrigações especiais” de garantir a estabilidade nuclear. O presidente chinês, por sua vez, expressou a vontade de “fortalecer o diálogo e a cooperação” com os EUA. “Uma relação sólida com os EUA é boa para o povo chinês e para a paz e a prosperidade”, acrescentou Hu, no sétimo encontro bilateral entre eles.

Apesar do tom de conciliação dos discursos e das promessas de cooperação, a conversa antecede uma batalha: os representantes de Washington e Pequim deverão protagonizar um enfrentamento durante a cúpula do G20, já que não estão de acordo em relação às suas políticas monetárias e os desequilíbrios nas balanças por conta corrente. Washington considera que a moeda chinesa, o yuan, é desvalorizada artificialmente e quer que Pequim permita uma oscilação mais livre.

Os Estados Unidos alegam que a medida prejudica injustamente suas exportações. Enquanto isso, a China resiste em liberar a cotação de sua moeda de modo mais rápido por temer o efeito que isso possa ter em suas exportações e na inflação. Pequim criticou com dureza a decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central) de injetar 600 bilhões de dólares na economia americana, já que isso desvalorizaria o dólar e prejudicaria as exportações de outros países.

Continua após a publicidade

A China também resiste em limitar seu superávit em conta corrente a 4% do Produto Interno Bruto, como o proposto pelos EUA. No importante encontro desta quinta, os dois líderes tratariam ainda de assuntos como os direitos humanos na China, os programas nucleares da Coreia do Norte e do Irã, as eleições em Mianmar e o plebiscito de autodeterminação no sul do Sudão, previsto para janeiro. Tudo isso, é claro, deve ficar em segundo plano diante da guerra cambial.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.