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Europa não sairá da crise antes de 2014, diz BCE

O conselheiro do Banco Central Europeu (BCE), Benoit Coeuré, afirmou em entrevista que não há previsão para a alta da taxa de juros na Europa

Por Da Redação
22 dez 2012, 12h58

A Europa não deve sair da crise econômica antes de 2014, afirmou neste sábado o integrante do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), Benoit Coeuré. Assim, questões como elevar a taxa de juro ou reverter as medidas adotadas para fortalecer a zona do euro não estão sob avaliação no momento, disse ele à rádio France Culture.

“Nós não sabemos quanto a crise vai durar”, uma vez que a economia da zona do euro “ainda está desacelerando”, informou. Os países europeus mergulhados na crise da dívida soberana devem reduzir o déficit público em ritmo e condições que não sejam prejudiciais para economia, observou Coeuré.

Contudo, o conselheiro reiterou preocupações com a economia espanhola, que é abalada por uma grave recessão, altas taxas de desemprego e sérios problemas no sistema bancário. Outro agravante é a hesitação do governo espanhol em pedir ajuda ao fundo de resgate europeu.

Com relação à França, ele afirmou não ter dúvida de que o ritmo de recuperação será mais rápido a partir dos próximos meses, desde que os país se esforce em cumprir a meta fiscal.

Incertezas na França – Apesar do tom otimista do discurso de Coeuré, há discordâncias em relação ao ritmo de recuperação francês. O governo de François Hollande prometeu reduzir o déficit orçamentário para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda no próximo ano, de 4,5% neste ano, um ritmo visto pelos economistas como irreal e potencialmente prejudicial para o crescimento econômico do país.

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Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou na sexta-feira que as perspectivas de crescimento da França “continuam frágeis”, e alertou que aquele país não deverá atingir o objetivo de reduzir o déficit público em 2012 e nem em 2013. “O crescimento econômico continua lento e as perspectivas de curto prazo estão sujeitas a riscos de baixa”, afirmou, dizendo que o déficit no país não iria cair abaixo de 3,5%, enquanto que o crescimento cairá de 1,7% em 2011 para 0,2% para 2012.

Renúncia de Mario Monti – A credibilidade do discurso de recuperação europeia também foi abalada pela renúncia já esperada do primeiro-ministro italiano Mario Monti, na sexta-feira. Com a renúncia, Monti põe fim a 13 meses de um governo tecnocrata, que começou em novembro de 2011 após ser convocado para substituir Silvio Berlusconi, que se viu obrigado a renunciar ao perder o apoio da maioria parlamentar em meio à crise econômica.

Monti deverá permanecer no governo até fevereiro, mês em que ocorrerão as próximas eleições em Roma. Apesar do risco representado pela volta de Berlusconi, Monti deu uma indicação de que não deverá se afastar da política. Ele ainda pediu aos italianos que não joguem fora os resultados alcançados por seu governo. “Seria irresponsável desperdiçar os muitos sacrifícios que os italianos fizeram”, afirmou. (Com Estadão Conteúdo)

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