Crédito e inadimplência ficam estáveis em janeiro

Segundo relatório do BC, a taxa média de juros no crédito total subiu de 18% para 18,5% em um mês; custo de captação do dinheiro para os bancos também aumentou

Por Da Redação
26 fev 2013, 11h00

Estoque total de crédito no Brasil, medido pelo Banco Central (foto) chegou a R$ 2,367 trilhões em janeiro (Rafael Neddermeyer/AE/VEJA)

O estoque total de crédito no Brasil ficou estável em janeiro ante dezembro, chegando a 2,367 trilhões de reais, ou 53,2% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central (BC) nesta terça-feira. De acordo com a autoridade monetária, o crédito para pessoas físicas cresceu 1,2% em janeiro e 16,6% em 12 meses. Já para pessoas jurídicas, a queda foi de 1% no mês passado e houve alta de 16,3% em 12 meses. A taxa de inadimplência ficou estável no primeiro mês do ano em relação a dezembro, a 5,6%.

Custo – Segundo relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do BC, o spread bancário (diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes) no segmento de recursos livres subiu para 18,3 pontos porcentuais no mês passado, ante 17,6 pontos porcentuais em dezembro.

O spread em operações de crédito direcionado (focado em investimentos específicos) ficou em 3,1 pontos porcentuais em janeiro, ante 2,4 pontos porcentuais do mês anterior. Já o spread total, incluindo os segmentos livre e direcionado, ficou em 12,2 pontos porcentuais no mês passado, ante 11,5 pontos porcentuais em dezembro.

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Juros – Segundo o BC, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 25,3% ao ano em dezembro de 2012 para 26,1% ao ano em janeiro de 2013. Os dois números já consideram a nova metodologia aplicada a partir desta terça-feira pela autoridade monetária para o crédito livre, que passa a englobar novas linhas de financiamento, como leasing, desconto em cheque, antecipação de fatura de cartão e cheque especial para pessoa jurídica. Pela metodologia antiga, divulgada até o mês passado, a taxa média de juros no crédito livre em dezembro estava em 28,1% e já registrava o 10º mês consecutivo de queda, sendo o menor nível da série histórica iniciada em 2000.

No caso da pessoa física, no novo formato, a taxa média de juros no crédito livre avançou de 33,9% ao ano em dezembro para 34,5% ao ano em janeiro. Para a pessoa jurídica, a taxa média de juros subiu de 17,9% ao ano em dezembro para 18,8% ao ano em janeiro. Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa se manteve em 138% ao ano, e para o crédito pessoal, que subiu de 36,8% ao ano para 37,1% ao ano. Para veículos, os juros subiram de 19,8% ao ano para 20,5% ao ano.

A partir desta divulgação o BC passa a informar também a taxa média de juros no crédito total, que subiu de 18% ao ano em dezembro de 2012 para 18,5% ao ano em janeiro de 2013. Outro dado novo é o juro médio do crédito direcionado, que subiu de 7,0% ao ano para 7,2% ao ano na mesma comparação.

(com agência Reuters e Estadão Conteúdo)