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Dow Jones tem maior queda semanal desde outubro/2008

Por Da Redação
5 ago 2011, 17h52

Por Gustavo Nicoletta

Nova York – Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam sem direção comum, pressionados pela continuidade das preocupações com recuperação da economia mundial e com a crise das dívidas da zona do euro, mas recebendo suporte de sinais positivos sobre o emprego no país e do fato de a Itália ter sinalizado que vai acelerar a implementação de medidas de consolidação fiscal.

O Dow Jones subiu 60,93 pontos, ou 0,54%, para 11.444,61 pontos, e oscilou cerca de 416 pontos entre a mínima e a máxima da sessão. “Haverá volatilidade por um certo período, mas a abordagem das pessoas é muito diferente quando comparada a 2008, quando tivemos pânico absoluto”, disse David R. Jones, executivo-chefe da CastleOak Securities. O Nasdaq caiu 23,98 pontos, ou -0,94%, para 2.532,41 pontos. O S&P-500 recuou 0,69 ponto, ou -0,06%, para 1.199,38 pontos.

Na semana, o Nasdaq liderou as perdas, recuando 8,13%, seguido por S&P 500 (-7,19%) e pelo Dow Jones (-5,75%). O Dow Jones teve a maior queda semanal desde 10 de outubro de 2008.

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O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, afirmou que o país vai acelerar o cronograma da sua consolidação fiscal e introduzir uma emenda na Constituição para garantir o equilíbrio do orçamento. O mercado interpretou a notícia como um sinal de progresso na adoção de medidas para conter a crise da dívida soberana da zona do euro, que voltou a preocupar os investidores por causa do aumento nos juros projetados pelos títulos da dívida soberana da Espanha e da Itália na última semana.

“A notícia de certa forma estabilizadora vinda da Europa nos permitiu uma recuperação dos níveis excessivos de vendas”, disse Tom Donino, codiretor de negociações da First New York Securities. Apesar disso, segundo o estrategista-chefe do Wells Fargo Funds Managemente, Brian Jacobsen, “há uma desconfiança sobre se as autoridades de todo o mundo serão capazes de consertar nossos problemas”.

Os dados do Departamento do Trabalho dos EUA também deram suporte às bolsas depois de mostrarem que a economia do país gerou 117 mil novos empregos em julho, mais do que as 75 mil vagas esperadas, e que a taxa de desemprego caiu de 9,2% em junho para 9,1%. Esses indicadores destoaram da maioria dos dados divulgados recentemente, que mostraram entre outras coisas desaquecimento na atividade dos setores industrial e de serviços do país e um declínio no consumo, principal motor da economia norte-americana.

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“Um número bom não é suficiente para mudar o sentimento no momento”, disse Ted Weisberg, presidente da Seaport Securities. “As pessoas estão assustadas e querem tirar o risco da mesa.”

No mercado de Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA), os preços caíram e os juros subiram em meio à notícia de que o Banco Central Europeu (BCE) estaria disposto a comprar bônus da dívida da Itália e da Espanha, o que diminuiu um pouco a aversão ao risco e estimulou os investidores a migrarem dos bônus dos EUA para ativos mais arriscados. O movimento, no entanto, foi moderado, visto que muitos investidores continuam nervosos.

“É um alívio de curto prazo”, disse Abdullah Karatash, diretor de negociações com renda fixa dos EUA no Natixis. No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 3,849%, de 3,682% na quinta-feira; o juro das T-notes de 10 anos estava em 2,568%, de 2,425%; o juro das T-notes de 2 anos estava em 0,279%, de 0,268%. As informações são da Dow Jones.

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