Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Dólar atinge menor valor desde agosto de 2008

Banco Central reage durante a tarde, mas não consegue conter a queda

Por Da Redação
30 mar 2011, 17h50

O dólar fechou no menor nível em mais de dois anos e meio nesta quarta-feira, com a maior queda porcentual desde junho. A moeda norte-americana recuou 1,51%, a 1,629 real na venda. Trata-se da menor cotação desde 27 de agosto de 2008, quando o dólar fechou o dia cotado a 1,622 real. A queda também foi a maior desde 10 de junho do ano passado, data em que o dólar recuou 2,06%.

O desempenho da moeda norte-americana mostra que os investidores continuarão a trazer dólares para o Brasil, apesar das medidas adotadas pelo governo para conter a entrada de moeda. Nesta semana, duas medidas foram anunciadas: o aumento da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre empréstimos externos realizados por empresas e bancos em prazo inferior a 360 dias e ainda uma alíquota maior do imposto para compras feitas com cartão de crédito no exterior.

O fato é que, apesar da cobrança de imposto maior, ainda é vantajoso para empresas e bancos captar recursos no exterior, onde o juro é muito inferior às taxas cobradas no mercado interno. Em outras palavras, um banco pode conseguir recursos no mercado externo e emprestar com juros altíssimos no Brasil. A diferença aumenta a lucratividade das instituições. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o movimento de entrada de dólares com a ‘arbitragem’ de juros ganhou contornos preocupantes por ter adquirido muita força no primeiro trimestre. “O volume destes empréstimos subiu muito. De janeiro até 25 de março, houve um ingresso no país de 26,6 bilhões de dólares graças a empréstimos tomados por empresas e bancos no exterior. É uma quantia muito elevada”, disparou.

Contudo, analistas já alertavam que as medidas do governo não conseguiriam interromper a entrada de dólares no país e que o principal objetivo da elevação da cobrança de IOF era a compensação fiscal. Ou seja, o governo quer, na verdade, cobrir as perdas na arrecadação, por conta do reajuste da tabela do Imposto de Renda (IR). O subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, chegou a admitir que o aumento previsto de 802 milhões de reais na arrecadação do tributo em 2011 servirá para compensar metade da renúncia fiscal decorrente da correção da tabela.

Continua após a publicidade

Mercado – Nesta quarta-feira, apesar de a desvalorização da moeda americana ter ocorrido ao longo de todo o dia, o Banco Central só começou a agir na compra de dólares no período da tarde. Primeiro fez um leilão de até 3 mil contratos de ‘swap reverso’ – o BC oferece papéis que pagam taxa de juros e recebe títulos com variação cambial -, equivalentes a cerca de 1,5 bilhão de dólares, mas vendeu somente 5 850 desses contratos ou 289,2 milhões de dólares.

Simultaneamente, o BC efetuou outro leilão com taxa de corte em 1,636 real. No meio da tarde, um último leilão aconteceu, com taxa de corte de 1,632 real. As intervenções, apesar de terem mitigado a queda, não impediram a desvalorização da moeda.

(com Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.