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Dilma diz que IPCA de julho mostra inflação sob controle

Presidente critica ‘alarde’ sobre indicador e diz que governo está comprometido com a meta

Por Da Redação
7 ago 2013, 12h42

Em entrevista a rádios do sul de Minas Gerais, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho mostra uma inflação “bastante sob controle”. “A inflação vem sistematicamente caindo”, comentou. Ela ressaltou também que o resultado de julho é um dos mais baixos para o período e que o preço da cesta básica caiu em todas as dezoito capitais pesquisadas. Nesta manhã, o IBGE informou que o IPCA ficou praticamente estável em julho, em 0,03%, com alta acumulada de 6,27% em 12 meses.

A comemoração vem em momento pouco oportuno. A desaceleração do índice de julho é fator sazonal e ocorre devido à queda dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional somada à redução das tarifas de transporte público após os protestos que varreram o país. Para se ter uma ideia, em 2009, 2010 e 2011, anos de inflação alta, o indicador esteve próximo de zero nos meses de julho. Em 2012, teve comportamento atípico e ficou em 0,33%, oscilação considerada alta para o período, devido às quebras de safra ocorridas no Brasil e nos Estados Unidos.

Apesar do otimismo da presidente nas declarações desta manhã, economistas continuam céticos. No último relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, a previsão para o IPCA no final de 2013 se mantém em 5,75%, bem acima do centro da meta de 4,5%. Já para 2014, o cenário piora: a estimativa para o indicador é de 5,87%.

Os comentários feitos pela presidente apenas reforçam a percepção do mercado de que o governo culpa o cenário externo quando a inflação sobe, mas toma para si os louros quando o indicador recua – comportamento que dificulta a retomada da credibilidade da economia brasileira. Dilma segue: “a inflação está completamente sob controle, atingindo os valores mais baixos do período, e você detecta isso em todos os quesitos, tanto na alimentação quanto no setor de serviços e de transportes. É um fenômeno que está se espalhando por todos os preços”, afirmou. A presidente disse ainda que houve “um estardalhaço” desnecessário com a inflação.

O banco Goldman Sachs divulgou relatório ao mercado logo após a publicação do índice. A instituição, que recentemente reduziu sua operação no Brasil, não compartilha o mesmo otimismo que o Palácio do Planalto. “A dinâmica inflacionária melhorou na margem, mas isso é resultado da reversão de preços de alimentos perecíveis, sazonalidade favorável e redução das tarifas de ônibus. A inércia na inflação de serviços (que ficou estável em 0,64% em julho e 8,5% no acumulado em 12 meses) é motivo de preocupação. Além disso, a desvalorização do real deve pressionar os preços de bens comercializáveis no curto prazo. A recente estabilização da inflação se deve, em grande parte, a fatores transitórios e estamos longe de acreditar na volta do indicador à ilusória meta de 4,5%”, informa o comunicado.

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(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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