Desemprego bate recorde na Eurozona: 11,9%
No conjunto dos 17 países da zona do euro, quase 19 milhões de pessoas estavam sem trabalho em janeiro
O desemprego na zona do euro atingiu 11,9% em janeiro, ante 11,8% em dezembro, anunciou a agência de estatísticas Eurostat nesta sexta-feira. O resultado foi impulsionado pelo aumento na taxa de desempregados na Espanha, que passou a 26,2% em janeiro.
No conjunto dos 17 países da zona do euro, quase 19 milhões de pessoas estavam sem trabalho em janeiro, detalhou a agência. Os dados confirmam as previsões sombrias deste ano para a eurozona divulgadas na semana passada pela Comissão Europeia (CE), que projeta uma taxa de desemprego de 12% em 2013, o equivalente a 20 milhões de pessoas.
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O resultado volta a colocar em dúvida a eficácia das medidas de austeridade impostas pel trio CE, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – os credores dos países em dificuldade, chamado de troika. Por sua vez, a troika é pressionada por países líderes do bloco que ainda não estão em situação calamitosa, especialmente a Alemanha, para que não deixem os países em dificuldade gastarem muito.
Os menores índices de desemprego foram registrados na Alemanha e em Luxemburgo (5,3%) e na Áustria (4,9%). Na Espanha, os jovens são os que mais sentem a alta taxa de desemprego. Apenas em janeiro foi registrado um aumento de 295.000 jovens sem emprego entre os países do bloco. Na Espanha, o índice de jovens desempregados atingiu 55,5%.
Preços ao consumidor – Ainda nesta sexta-feira a Eurostat divulgou que a inflação anual dos 17 países do bloco atingiu 1,8% em fevereiro, abaixo da meta do BCE de um valor menor mas próximo de 2%. Trinta economistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação desacelerasse para 1,9% no mês, ante taxa de 2% em janeiro.
(com agências France-Presse e Reuters)