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Democratas e republicanos estão longe de se entender sobre orçamento

Entraves não podem ser resolvidos em poucas horas, reconhece o líder democrata no Senado, Harry Reid. Prazo expira sexta-feira à meia-noite

Por Da Redação
7 abr 2011, 14h11

“Eu acho até que estávamos mais perto de um acordo na noite passada do que estamos nesta manhã”, diz o líder da maioria no Senado, o republicano John Boehner

O líder democrata no Senado americano, senador Harry Reid, afirmou nesta quinta-feira ao The New York Times que está longe de acontecer um acordo sobre cortes no orçamento para evitar a paralisação do governo.

Reid afirmou que os republicanos “desenharam uma linha na areia” sobre questões como o financiamento de abortos e que elas não podem ser resolvidas em poucas horas. “Eu não estou nem um pouco otimista”, disse Reid. Os parlamentares republicanos reconhecem que ainda não existe nenhum acordo em vista. “Os americanos não estão só preocupados com o quanto gastamos, mas como gastamos”, disse um porta-voz do senador Boehner.

Na noite desta quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama encontrou-se com o Reid e o líder republicano John A. Boehner para tentar resolver entraves sobre a aprovação de cortes no orçamento federal. Caso o Congresso não chegue a um acordo definitivo até a meia-noite desta sexta-feira, quando as autorizações de gastos atuais expiram, haverá paralisação parcial das atividades administrativas. Os oposicionistas republicanos propõem cortes adicionais de 12 bilhões de dólares.

Enquanto os democratas no Senado argumentam que a ‘ideologia’ é o único obstáculo em meio às discussões sobre um acordo, os republicanos dizem que isso simplesmente não é verdade. Nesta quinta-feira, o líder da maioria no Senado, o senador John Boehner, rebateu a afirmação de Reid de que as partes teriam, ao menos, chegado a um consenso sobre o tamanho dos cortes e de que a disputa agora giraria em torno dos programas a serem afetados – como um projeto-piloto da Casa Branca sobre financiamento de aborto, que é rejeitado pelos republicados.

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“Realmente, não há qualquer acordo sobre um número”, ele disse. “Eu acho até que estávamos mais perto de um acordo na noite passada do que estamos nesta manhã”. Boehner assegurou ainda que “há muito mais do que uma disputa em jogo”, em resposta à pergunta dos jornalistas sobre se o único problema em pauta seria a questão do financiamento do aborto.

Hoje, líderes da Câmara vão apresentar uma nova proposta. A idéia agora é garantir o financiamento do Pentágono até o final do ano e, ao mesmo tempo, não abrir mão do corte de 12 bilhões de dólares no Orçamento. Boehner referiu-se à medida nesta quinta-feira como o “financiamento da tropa”, destacando que o dinheiro para gastos de defesa é fundamental (se houve paralisação do governo, os salários dos soldados, inclusive os em combate, serão atrasados).

Sem nenhum acordo em vista, está mais próximo o risco de uma paralisação do governo federal, à semelhança do ocorrido em 1995, quando o então presidente democrata Bill Clinton entrou em conflito com o Congresso, após ter vetado gastos propostos pelos parlamentares.

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