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Cenário político faz dólar cair 1,44% e descer a seu menor nível desde 9 de dezembro

Avanço das investigações da Operação Lava Jato e atuação do BC no mercado de câmbio puxam queda expressiva da moeda americana, que fecha a R$ 3,73

Por Da Redação
8 mar 2016, 17h55

O dólar fechou em queda de quase 1,5% nesta terça-feira, indo abaixo de 3,74 reais depois de três meses, influenciado por expectativas com a cena política brasileira e pela atuação mais contundente do Banco Central. O recuo foi de 1,44%, a 3,73 reais, seu menor patamar desde 9 de dezembro. A moeda americana chegou a subir a 3,80 reais na máxima desta sessão, influenciada por números fracos sobre o comércio na China e pelo tombo dos preços do petróleo.

“Mudou um pouco o tom do mercado local desde a semana passada. Se antes todo o mercado estava muito pessimista, agora algumas pessoas estão vendo motivo para vender (dólares)”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

O real foi a moeda com melhor desempenho na América Latina, mantendo a tendência da semana passada. O tom positivo, no geral, tem predominado no mercado doméstico conforme cresce a percepção de que os escândalos de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato estariam elevando a chance de a presidente Dilma Rousseff não concluir seu mandato.

Segundo operadores, o mercado não está trabalhando com chances totais de impeachment. Isso significa que, a curto prazo, a volatilidade deve imperar, já que tanto notícias positivas quanto negativas para o governo têm espaço para gerar movimentos fortes nas cotações.

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“O mercado vai ser completamente guiado pelo noticiário político, pode jogar fora o noticiário econômico. Ou seja, é completamente imprevisível”, disse o sócio-gestor da Absolute Investimentos Roberto Campos.

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A queda do dólar nesta sessão também veio em reação à atuação do BC, que anunciou para quarta-feira leilão de venda de até 2 bilhões de dólares em novos contratos com compromisso de recompra. Profissionais do mercado afirmaram que a operação tem objetivo de corrigir desequilíbrios entre os mercados futuro e à vista, e não mira patamares específicos para o câmbio.

É a segunda vez em três sessões em que o BC foge do script em suas atuações cambiais. Na sexta-feira, a autoridade monetária vendeu apenas parcialmente a oferta de swaps cambiais (modalidade de negociação de dólares no mercado futuro) em leilão para rolagem dos contratos que vencem em abril, algo que não acontecia havia muito tempo.

(Com Reuters)

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