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Carrefour tem prejuízo de US$ 359 milhões e reafirma que não está à venda

Aumento da competição na França e alta dos preços dos fornecedores resultaram em números negativos

Por Da Redação
31 ago 2011, 07h36

O gigante varejista francês Carrefour reduziu sua estimativa de lucro para o ano, ao mesmo tempo que anunciou um prejuízo líquido no primeiro semestre, ante a alta de preços dos fornecedores e a redução da participação de mercado na França. A companhia disse que empregará uma nova estratégia para recuperar competitividade na França.

Segundo maior grupo de varejo do mundo depois do Walmart, o Carrefour apresentou prejuízo de 249 milhões de euros (359,255 milhões de dólares) no primeiro semestre, comparado a um lucro líquido de 97 milhões de euros no mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) caiu para 772 milhões de euros, de 989 milhões de euros um ano antes.

Como os preços dos fornecedores continuaram aumentando e a participação de mercado do Carrefour caiu devido ao acirramento da competição na França, a companhia disse que agora espera que o Ebit do ano seja 15% menor do que o de 2010. A expectativa inicial era de “uma progressão” no lucro operacional. O grupo não deu detalhes sobre sua estimativa de vendas. Anteriormente, a previsão era de crescimento em relação às vendas do ano passado.

O anúncio já era esperado, pois em julho o diretor financeiro do grupo, Pierre Bouchut, havia alertado que o Carrefour dificilmente atingiria suas metas para o ano. Ao longo do período, “o Carrefour conseguiu aumentar suas vendas, puxadas pelos mercados emergentes, mas os resultados globais não foram satisfatórios, pressionados por um desempenho fraco na França e por itens não recorrentes”, disse o presidente e diretor executivo Lars Olofsson, em um comunicado.

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“Estamos implementando um novo plano de atuação, empregando uma nova estratégia comercial na França para recuperar competitividade e tráfego em nossos hipermercados e nos adaptando a um ambiente econômico cada vez mais desafiador”, disse Olofsson. A França responde por 44% das vendas do Carrefour. Fora da Europa, as vendas cresceram 13% na América Latina e 7,7% na Ásia.

Ao longo dos últimos seis meses, as ações do Carrefour se desvalorizaram cerca de 40%, com o aumento das preocupações sobre o ambiente econômico, as altas de preços dos fornecedores e o fracasso do plano de fusão com o Grupo Pão de Açúcar, no Brasil, além da inquietação produzida pela estratégia e administração do grupo após várias mudanças.

Negócios no Brasil – Olofsson também afirmou que o grupo não precisa de um parceiro no Brasil. “O Carrefour Brasil não está à venda. O assunto está encerrado. O Carrefour não precisa de um parceiro no Brasil. Nós já somos líderes no segmento de varejo de alimentos”, declarou Olofsson, durante entrevista à imprensa depois de o Carrefour anunciar os resultados do primeiro semestre deste ano.

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Recentemente o Carrefour esteve envolvido em uma controversa tentativa de fusão com o Pão de Açúcar (Companhia Brasileira de Distribuição, ou CBD), que foi duramente criticada pelo também francês Grupo Casino, que é parceiro da empresa brasileira no País e concorrente do Carrefour. Além disso, circularam rumores de que o norte-americano Walmart estaria avaliando uma potencial aquisição da unidade brasileira do Carrefour.

Olofsson afirmou que a companhia ainda pretende se expandir no país. “O Brasil é um país crucial para nosso crescimento e futuro. Considerando o potencial e nossa posição importante, o objetivo é obviamente continuar desenvolvendo nossa posição”, declarou. “Nós vamos estudar todas as oportunidades para melhorar nossa posição no Brasil.”

Segundo o executivo, o país tem apresentado forte crescimento no comércio online. Olofsson disse também que o grupo planeja abrir lojas da rede Atacadão na Colômbia e na Argentina. “Os mercados emergentes são nosso principal motor de crescimento”, afirmou.

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(Com Agência Estado)

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