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Após cair 9,7%, Bovespa fecha em queda de 8,08%

O Ibovespa chegou a cair 9,73%, muito próximo do patamar que aciona o mecanismo de 'circuit breaker'

Por Da Redação
8 ago 2011, 17h34

Em dia de grande tensão nas bolsas internacionais, o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou o pregão com queda de 8,08%, para 48.668 pontos. Das 61 ações que compõem a carteira do Ibovespa, nenhuma encerrou os negócios desta terça-feira no terreno positivo. As ações ordinárias do frigorífico Marfrig recuaram 24,83%, cotadas a 9,02 reais, liderando as maiores baixas da bolsa. Na sequência, vieram os papéis da OGX Petróleo, do empresário Eike Batista, com declínio de 16,36%, a 9,20 reais. Em Nova York, os índices Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 recuaram 5,5%, 6,9% e 6,6%, respectivamente.

O principal indicador da bolsa brasileira reagiu negativamente ante o pânico instalado nos mercados internacionais com o anúncio do rebaixamento da nota da dívida soberana americana, na última sexta-feira, pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Analistas ouvidos pelo site de VEJA apontaram que a notícia escancarou uma realidade que muitos preferiam ignorar: o de que a crise veio para ficar e que as maiores economias do planeta, às voltas com enormes dificuldades para administrar suas dívidas, crescerão pouco e por período prolongado.

Ações desabam – As operações no pregão estiveram perto de serem suspensas, pois, às 15:20, o Ibovespa chegou a atingir queda de 9,73%, a 47.793 pontos – a maior queda desde 22 de outubro de 2008. Caso o índice chegasse a -10%, as negociações teriam de ser paralisadas. É que um mecanismo de proteção chamado de circuit breaker estabelece a parada da bolsa por trinta minutos quando as perdas atingem esse patamar.

A Bovespa abriu o pregão desta quinta-feira já com acentuada retração de 4%. As perdas se avolumaram ao longo do dia, mas as quedas mais acentuadas se verificaram logo após o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em cadeia de televisão, quando reafirmou que a economia local é livre de risco, apesar do rebaixamento promovido pela S&P.

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Risco menor – O vice-presidente do Itaú Unibanco, Marcos Lisboa, comentou nesta quinta-feira o pânico nos mercados. Na avaliação dele, não há risco de a turbulência “transbordar” para a economia real. “Já tivemos movimentos como esse em 2008. O Brasil está preparado”, afirmou em seminário sobre a nova classe média, em Brasília.

O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Luiz Awazu, também procurou tranqüilizar os investidores. “Estamos 200% atentos ao desenvolvimento (dos mercados). Estamos monitorando isso há algum tempo e o BC tem alertado sobre riscos da conjuntura internacional. O Brasil está mais preparado que em 2008”, declarou.

(com reportagem de Beatriz Ferrari, de Brasília)

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