Sem definição para crise na Grécia, bolsas europeias fecham em baixa
Proximidade de um calote na dívida de 1,6 bilhão de euros com o FMI, nesta terça-feira, motivou a cautela de investidores e pressionou mercados
Sem definição para a crise da dívida grega, a maioria das bolsas europeias fechou em baixa nesta terça-feira. O prazo para a Grécia pagar a dívida de 1,6 bilhão de euros com o Fundo Monetário Internacional (FMI) termina hoje.
Pela manhã, o governo grego afirmou ter apresentado nova proposta para um acordo de dois anos com o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, na sigla em inglês) para cobrir totalmente suas necessidades financeiras e reestruturar sua dívida, segundo comunicado emitido pelo escritório do primeiro-ministro, Alexis Tsipras. Um porta-voz do ESM se negou a dizer se o novo pedido de resgate foi realmente recebido.
Ontem à noite, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, procurou Tsipras para discutir um possível acordo de última hora pelo qual Atenas faria campanha a favor de um pacto no plebiscito marcado para o próximo domingo, que perguntará aos gregos se eles aceitam ou não as propostas dos credores.
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Depois de uma sessão volátil, a Bolsa de Frankfurt fechou em baixa de 1,25%, com o índice DAX a 10.944,97 pontos. Em Londres, o FTSE caiu 1,50%, a 6.520,98 pontos, com quedas acentuadas para as mineradoras BHP Billiton e Anglo American, de 4,0% e 3,2%. Em Paris, as ações do banco Société Générale recuaram 0,52% e contribuíram para a baixa de 1,63% do índice CAC, que encerrou a sessão a 4.790,20 pontos. Nas demais praças, o índice FTSE-Mib, de Milão, perdeu 0,48%, a 22.460,71 pontos, e o Ibex, de Madri, caiu 0,78%, a 10.769,50 pontos. Na contramão, o PSI, de Lisboa, avançou 0,39%, a 5.551,94 pontos.
(Com Estadão Conteúdo)