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BM&FBovespa zera perdas do ano em um mês

Depois de chegar a 44.900 pontos no início de março, Ibovespa recupera perdas de 2014 e volta aos 50.000 pontos

Por Da Redação
31 mar 2014, 18h41

O Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, fechou em alta de 1% nesta segunda-feira, 31, dando continuidade ao movimento de recuperação visto nas últimas duas semanas e acompanhando as bolsas norte-americanas. Assim, o índice fechou março com seu primeiro ganho mensal desde outubro de 2013 e o melhor desempenho desde janeiro de 2012. Segundo dados da Bolsa, o Ibovespa subiu 1,30%, a 50.414 pontos. O giro financeiro do pregão somou 6,57 bilhões de reais.

No acumulado do mês, a alta foi de 7,05%. No último dia de março, o Ibovespa conseguiu recuperar o patamar do dia 2 de janeiro, o primeiro pregão do ano, quando fechou em 50.341. O desempenho positivo foi impulsionado, sobretudo, pela Petrobras. As ações da estatal avançaram 16,11% em março, encerrando cotadas a 15,78 reais. Apenas na última semana do mês, justamente quando a empresa se deparou com a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), os papéis subiram 9,6%. Contudo, a estatal ainda não conseguiu se recuperar de sua queda no ano – que está, hoje, em 7,6%.

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O desempenho da bolsa surpreendeu não só porque o cenário para o Brasil ainda é de cautela, mas também porque seu maior impulso, a Petrobras, está no centro de investigações nas esferas política e econômica. Uma das maiores altas diárias da empresa (e da Bolsa, consequentemente) se deu justamente no dia em que foi divulgada uma pesquisa mostrando a queda da aprovação do governo Dilma. A mensagem passada pelo mercado foi clara: a administração atual deixou de ser bem-vinda e, ao menor sinal de mudança de governo, a resposta dos investidores (especuladores ou não) tende a ser positiva.

Outro fator surpresa foi a bolsa ter subido justamente na semana em que o país teve sua nota de crédito rebaixada pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s.

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Altos e baixos – As ações ordinárias da Eletrobras lideraram os avanços do Ibovespa em março, subindo 32%, impulsionadas em grande parte por expectativas de melhora na gestão de empresas estatais após o governo Dilma Rousseff perder aprovação em março.

Além disso, o governo federal lançou neste mês um conjunto de medidas para equacionar o custo maior da energia neste ano por conta do acionamento das usinas termelétricas, que abrange a elevação das tarifas ao consumidor a partir de 2015.

A Cesp, por sua vez, está entre as empresas que conseguem obter ganhos em momento de altos preços de energia no curto prazo, o que tem levantado suas ações. A empresa também anunciou dividendos que surpreenderam o mercado.

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Já a ação preferencial da Oi despencou 13,09%, contabilizando a maior parte das perdas depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permitiu que os controladores da operadora de telecomunicações votassem em assembleia no dia 27 sobre a fusão com a Portugal Telecom.

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Câmbio – O dólar também cedeu ao longo do mês, fechando com o maior tombo desde setembro do ano passado (queda de 3,22%) e se aproximando do patamar de 2,25 reais. No ano, a desvalorização somou 3,74%.

O movimento, em parte, é explicado pela conjuntura externa, já que a moeda americana se desvalorizou também em relação a outras divisas de países emergentes, como México e Colômbia.

Analistas, contudo, avaliam que o Banco Central brasileiro não estaria confortável com as atuais cotações e que poderia reduzir o programa de leilões de swap cambial ao longo do ano, o que corresponde à venda de dólares no mercado futuro. Especialistas arriscam dizer que 2,30 reais é a cotação que o BC quer para o dólar.

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Banco Central – A estratégia de intervenções do BC no câmbio tem levantado dúvidas nas mesas de câmbio nas últimas sessões. O mais recente ponto de interrogação veio porque a autoridade monetária não rolou integralmente os swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, que vencem nesta terça-feira.

Restaram cerca de 55 mil contratos a serem rolados, do lote equivalente a 10,148 bilhões de dólares. Foi a segunda vez que isso aconteceu desde que teve início o programa de intervenções diárias, em agosto do ano passado. A última rolagem parcial foi a do lote de novembro do ano passado, quando o dólar era negociado abaixo de 2,20 reais.

Especialmente nas últimas semanas, o Brasil tem recebido forte ingresso de divisas do exterior. Nesta sessão, a JBS foi a mais recente empresa a captar lá fora, lançando 750 milhões de dólares em bônus no exterior.

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