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Bernanke rebate críticos do Fed

O presidente do banco central norte-americano (Federal Reserve), Ben Bernanke, procura tranquilizar os que apostam na alta da inflação

Por Da Redação
1 out 2012, 16h29

O presidente do banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve), Ben Bernanke, fez um pronunciamento nesta segunda-feira em defesa da política adotada pela instituição para tentar recuperar a situação econômica do país. Em setembro, o BC americano informou que comprará 40 bilhões de dólares em ativos hipotecários todo mês até que a perspectiva para o emprego melhore substancialmente, contanto que a inflação continue contida.

As ações do Fed receberam críticas de diversas partes, inclusive da presidente da República, Dilma Rousseff, que dedicou boa parte de seu discurso realizado na semana passada durante a 67ª Assembleia Geral da ONU para tratar do assunto. Os republicamos também dirigiram críticas ao presidente do Fed. O candidato à presidência do partido, Mitt Romney, prometeu que, se eleito, não nomeará Bernanke, que também é membro do partido Republicano, para um terceiro mandato.

Bernanke defendeu-se das acusações de que a política do Fed está preparando o terreno para a inflação ou permitindo que o governo administre déficits orçamentários maiores. Ele afirmou que, embora o desempenho fraco incomum da economia do país tenha forçado o Fed a usar ferramentas menos convencionais depois de diminuir as taxas de juros para zero, não houve mudança nos objetivos de estabilidade de preços e emprego pleno.

“Esses objetivos significam, basicamente, que nós gostaríamos de ver empregados tantos quantos os que querem empregos, e que buscamos manter a taxa de aumento dos preços ao consumidor baixa e estável”, disse no Clube Econômico de Indiana nesta segunda-feira.

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Em resposta à crise financeira e à profunda recessão de 2007-2009, o Fed zerou os custos de empréstimos “overnight” e comprou cerca de 2,3 trilhões de dólares em ativos hipotecários e Treasuries (títulos da dívida soberana norte-americana) em esforços para manter baixas as taxas de juros de longo prazo e estimular investimento.

Desafios – O presidente do Fed destacou que a inflação tem flutuado perto da meta de 2% e que as expectativas de alta dos preços seguem estáveis, sugerindo baixos riscos de uma alta repentina.

Ele também rebateu a crítica de que o Fed está ‘monetizando’ a dívida federal ou efetivamente imprimindo dinheiro para manter baixos os custos de empréstimo do governo. “Não é isso que está acontecendo, e isso não irá acontecer”, disse. “Estamos adquirindo títulos do Tesouro no mercado aberto e apenas de forma temporária, com o objetivo de dar suporte à recuperação econômica através de taxas de juros baixas”, acrescentou.

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Bernanke também minimizou temores de que as medidas do BC prejudicarão o valor do dólar a longo prazo, dizendo que o forte crescimento que os membros do Fed têm como objetivo vai, de fato, apoiar a moeda. “Não vejo nenhuma inconsistência entre nossas decisões e a manutenção do dólar forte”, disse.

Ele expressou confiança de que o Fed tem as ferramentas corretas para conter a inflação e sugeriu que as medidas não convencionais do banco central não fazem com que o desafio de saber quando remover os estímulos seja maior do que no passado.

“Determinar precisamente o momento de retirar os estímulos é sempre um desafio para bancos centrais, mas isso é verdade independentemente de se eles estão usando ferramentas tradicionais ou não tradicionais”, declarou.

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(com agência Reuters)

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