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BCE eleva limite de crédito emergencial a bancos gregos

Governo da Grécia e seus credores europeus tentam chegar a um acordo sobre a continuação do plano de ajuda iniciado em 2010

Por Da Redação
12 fev 2015, 15h52

O Banco Central Europeu (BCE) aumentou o limite de dinheiro que os bancos gregos podem tomar emprestado para preservar sua liquidez. O financiamento emergencial subiu em 5 bilhões de euros, para 65 bilhões de euros, conforme autoridades do banco central grego e do governo disseram à Reuters.

Esse instrumento tem sido essencial para as instituições financeiras gregas operarem após o próprio BCE ter cortado o acesso direito a financiamentos. A elevação só será válida até a próxima quarta-feira, dia 18 de fevereiro.

Ministros das Finanças da zona do euro – o chamado Eurogrupo – voltarão a se reunir na segunda-feira para discutir um acordo com Atenas para evitar uma grande crise financeira e a saída da Grécia da zona do euro.

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O novo governo grego e o Eurogrupo não se entendem sobre as regras da prorrogação de uma nova ajuda financeira. Por um lado, a troica – grupo de credores formado por BCE, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Comissão Europeia (CE) – quer que a Grécia mantenha as políticas de austeridade fiscal que vinha seguindo. Por outro, o novo governo grego, liderado pelo primeiro ministro Alexis Tsipras, quer atenuar as medidas para reforçar a bandeira defendida durante sua campanha eleitoral.

Na reunião de quarta-feira as partes se reuniram para tentar um consenso, mas nada foi fechado. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou nesta quinta que houve progressos na reunião com o ministro de Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, mas “não suficientes para alcançar conclusões comuns”, motivo pelo qual os ministros continuarão suas conversas na próxima segunda-feira. Na ocasião, Varoufakis insistiu no “fracasso dos memorandos”, referindo-se aos acordos firmados entre Atenas e a troica.

Desde 2010, a troica concedeu à Grécia 240 bilhões de euros em empréstimos, em troca de um plano drástico de austeridade e de reformas estruturais. O programa expira no final de fevereiro. O governo grego já acusou o programa de ser o responsável pelo desemprego e empobrecimento da população, a despeito da relativa estabilização das finanças públicas. Os credores querem agora entender como a Grécia pretende se financiar no curto prazo, se optar por não continuar recebendo ajuda internacional.

Desemprego – Nesta quinta saíram dados de desemprego na Grécia. A taxa de desocupação ficou em 25,8% em novembro, mesmo porcentual registrado em outubro, de acordo com a agência de estatísticas do país. O indicador, entretanto, ficou abaixo dos 27,7% registrados em novembro de 2013. Em novembro passado, 1,2 milhão de gregos estavam desempregados.

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Embora a taxa de desemprego esteja diminuindo na Grécia, após atingir o pico de 28% em setembro de 2013, ela é ainda mais do que o dobro da média da zona do euro, de 11,5% em novembro.

O Eurogrupo, que reúne os 19 países que compartilham a moeda única, não publicou um comunicado de imprensa sobre a Grécia como costuma ocorrer após uma reunião extraordinária, como foi a de quarta-feira.

Dijsselbooem explicou que os ministros de Economia e Finanças da zona do euro não entraram em detalhes nem em negociações do conteúdo de um programa com Varoufakis, e que se necessita ‘um pouco de tempo’ para chegar a um ‘denominador comum’. “Tentaremos trabalhar nos próximos passos dos próximos dias para avançar antes da segunda-feira”, quando será realizada uma reunião habitual do Eurogrupo.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, também afirmou nesta quinta-feira que seu governo está disposto a chegar a um compromisso com a Grécia nas negociações sobre o futuro da ajuda ao país, mas ressaltou que a credibilidade da Europa também depende do cumprimento das regras e da confiança entre os sócios europeus.

(com agências Reuters, AFP, EFE e Estadão Conteúdo)

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