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BCE empresta quase 490 bilhões de euros para 523 bancos

A quantia é a maior já emprestada pela instituição financeira , em uma operação única, em sua história; valor terá de ser devolvido em 2015

Por Da Redação
21 dez 2011, 10h14

Esta é a primeira de duas operações de injeção de liquidez num prazo de três anos que o BCE vai efetuar

O Banco Central Europeu (BCE) emprestou a 523 bancos o recorde de 489,191 bilhões de euros, muito mais do que o previsto, em seu primeiro leilão a três anos. Trata-se de uma medida extraordinária da instituição para facilitar o crédito a famílias e empresas no continente.

A entidade monetária europeia informou nesta quarta-feira que os bancos deverão devolver a quantia – a mais alta que emprestou até agora em uma operação única – em 29 de janeiro de 2015. No entanto, os bancos também têm a possibilidade de fazê-lo um ano depois, parcial ou totalmente, em vez de esperar os 36 meses.

A demanda – situada pelos analistas em entre 160 bilhões e 300 bilhões de euros – superou em muito as previsões dos analistas na primeira das duas operações de injeção de liquidez num prazo de três anos que o BCE vai efetuar. A próxima destas operações será realizada no final de fevereiro de 2012.

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Até agora, o BCE havia concedido empréstimos a um prazo máximo de um ano, em 2009. No final de junho daquele ano, o órgão emprestou a 1.121 bancos 442,24 bilhões de euros a uma taxa fixa de 1%, com o fim de facilitar a concessão de crédito a longo prazo.

Agora, a instituição financeira facilitou novamente a liquidez a longo prazo aos bancos com condições muito favoráveis em um momento de tensões nos mercados financeiros e restrições ao crédito, já que os bancos não emprestam recursos entre eles devido à crise de endividamento da zona do euro.

O BCE demonstrou, desta forma, que efetua empréstimos em último caso aos bancos, caso sejam solventes, mas não para os Estados com dificuldades de financiamento.

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No entanto, alguns especialistas consideram que, com esta garantia de liquidez barata a três anos, o BCE vai facilitar o financiamento de países por via bancária. Os juros pagos pelos bancos serão indexadas à média à qual for situada a taxa de juros reitora do BCE durante o período de vigência da operação. Atualmente as taxas de juros estão fixadas na zona do euro em 1%, mas ao longo dos três próximos anos podem ocorrer mudanças.

É possível que alguns bancos tenham tomado dinheiro emprestado do BCE a condições muito boas para comprar dívida soberana de países periféricos, o que oferece uma rentabilidade muito mais elevada, segundo alguns analistas.

O presidente do BCE, Mario Draghi, lembrou na segunda-feira no Parlamento europeu que no primeiro trimestre do ano vencem bônus bancários no valor de 230 bilhões de euros e entre 250 bilhões e 300 bilhões de títulos de dívida soberana.

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(com agência EFE)

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