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BC muda regra do compulsório para facilitar queda do dólar

Intuito é estimular a venda de dólares por parte das instituições financeiras

Por Da Redação
18 dez 2012, 13h14

O Banco Central anunciou nesta terça-feira uma alteração na regra dos depósitos compulsórios com o intuito de facilitar a venda de dólares por parte dos bancos – e assim, ampliar a desvalorização da moeda americana em relação ao real. Os depósitos compulsórios são os porcentuais de recursos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central, dependendo da operação financeira que executem.

No caso das operações de vendas de dólares no mercado de derivativos, os bancos eram obrigados a pagar uma alíquota de 60% de depósitos compulsórios sobre operações acima de 1 bilhão de dólares. Com a nova regra publicada pelo BC nesta terça, o limite de operações sem a incidência do compulsório subirá para 3 bilhões de dólares. Desta forma, as instituições poderão montar operações maiores apostando na queda da moeda americana, também chamadas de operações “vendidas”, sem pagar nada por isso.

A medida tem o objetivo de permitir que as instituições disponibilizem mais dólares no mercado. Segundo o Banco Central, a operação é necessária porque durante os últimos meses de cada ano, há uma evasão natural de dólares do mercado, devido ao fato de as empresas emitirem seus lucros para suas matrizes fora do Brasil, entre outros fatores. Contudo, a evasão ocorre também porque o governo tem falado abertamente que quer o dólar mais valorizado – com isso, o próprio mercado financeiro acaba apostando na alta da moeda, fazendo com que ela se valorize, de fato. Em 2012, o dólar teve valorização de 13% ante o real e fechou a última segunda-feira cotado a 2,10 reais.

A mudança nas regras do compulsório foi precedida por outras medidas anunciadas pelo governo ao longo do ano para conter a alta da moeda americana. No início de dezembro, o BC reduziu o prazo para o pagamento antecipado de exportações; e o Ministério da Fazenda retirou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de empréstimos externos feitos com prazo menor que dois anos.

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Governo volta atrás no câmbio – A disparada do dólar ao longo de 2012 mostra que o mercado entendeu o recado do governo – que, desde a entrada de Dilma na presidência, tem deliberadamente interferido na política cambial do Banco Central. Contudo, a gestão petista esqueceu de mencionar que queria, sim, o dólar mais alto – mas não agora, para não pressionar a inflação. Como resultado, teve de apagar o incêndio rapidamente, retirando medidas de proteção cambial que haviam sido impostas a investidores quando o real estava valorizado.

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