Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

BC da Europa vê quadro fiscal precário em alguns países

O presidente da entidade, Jean-Claude Trichet, defendeu a compra de dívida de governos da periferia da zona do euro para ajudar a restaurar o funcionamento da política monetária no bloco

Por Da Redação
2 Maio 2011, 16h40

Em 2010, o BCE comprou títulos que somam aproximadamente 73,5 bilhões de euros

O Banco Central Europeu (BCE) afirmou nesta segunda-feira, em seu relatório anual, que a situação fiscal de alguns países da zona do euro permanece “precária” e que o compromisso com a busca de uma solução tem de continuar. Segundo o relatório, as medidas de combate ao déficit nas contas dos governos delineadas nos orçamentos de 2011 são “um primeiro passo na direção certa”, mas “a escala dos atuais desafios fiscais exige um esforço de consolidação plurianual na maioria dos países”.

O BCE pediu que as nações com perspectiva econômica mais forte usem a oportunidade para corrigir logo os déficits excessivos. Os países que têm anunciado medidas sem especificidade suficiente devem oferecer mais detalhes, segundo o BCE.

Compra de dívida – No prefácio do relatório anual, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, defendeu a compra de dívida de governos da periferia da zona do euro. O chamado Programa de Títulos do Mercado permitiu que os bancos centrais do bloco “ajudassem a restaurar o funcionamento adequado do mecanismo de transmissão da política monetária no caso de segmentos de mercado com mau funcionamento”, afirmou Trichet.

O BCE começou a comprar bônus do governo em maio de 2010, depois que os yields (retorno ao investidor) dos títulos de países da periferia da zona do euro subiram em razão de preocupações com a incapacidade de alguns deles pagarem a dívida. Até 31 de dezembro, o BCE havia comprado títulos no valor de cerca de 73,5 bilhões de euros.

Continua após a publicidade

O valor médio das garantias registradas no BCE para suas operações de fornecimento de liquidez diminuiu para 2,010 trilhões de euros, de 2,034 trilhões de euros em 2009, segundo o relatório. Isso aconteceu principalmente porque os bancos tiveram “em média menos necessidades de liquidez durante 2010”, disse o banco central.

Títulos lastreados em ativos – ou notes lastreadas no pagamento de dívida, como hipotecas ou empréstimos de cartão de crédito – tornaram-se a garantia mais popular no ano passado, representando 24% do total, de 23% em 2009. Contudo, o volume geral desse tipo de títulos ficou estável, sugerindo que o valor deles subiu.

O BCE alertou que os desequilíbrios globais externos “começaram a crescer novamente” em algumas áreas em 2010, à medida que o déficit em conta corrente dos EUA ampliou-se e o superávit em conta corrente da China permaneceu perto do pico em termos absolutos. Para combater esses desequilíbrios, “os países com déficit deveriam reduzir os déficits fiscais e completar a agenda de reforma estrutural”, segundo o BCE.

(com Agência Estado)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.