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Argentina acusa P&G de fraude fiscal e suspende suas operações

Governo de Cristina Kirchner tem restringido o acesso a moeda estrangeira em uma tentativa de manter as reservas de seu Banco Central

Por Da Redação
3 nov 2014, 08h50

A Argentina acusou a Procter & Gamble (P&G), maior fabricante mundial de produtos domésticos, de fraude fiscal e suspendeu as operações da empresa no país. A informação foi divulgada no domingo pela autoridade tributária argentina (Afip). Contudo, não ficou claro qual o significado da suspensão pelo governo.

O governo de Cristina Kirchner acusou a empresa de superfaturar 138 milhões de dólares em importações para retirar o dinheiro do país, segundo o comunicado, publicado no site da Presidência argentina. “A P&G canalizou dinheiro para o exterior e escondeu receitas que eram sujeitas a tributação na Argentina”, disse o texto. “Temos que dar um fim a esses truques usados por companhias internacionais.”

A Argentina tem restringido o acesso a moeda estrangeira em uma tentativa de manter as reservas de seu Banco Central, que caíram 17% no últimos 12 meses, para cerca de 28 bilhões de dólares.

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O porta-voz da Procter & Gamble Paul Fox disse que a companhia está trabalhando para entender plenamente as acusações e trabalhar para resolvê-las. “Não buscamos práticas de planejamento fiscal agressivas, já que simplesmente não produzem resultados sustentáveis”, disse Fox, acrescentando que a produtora de bens de consumo valoriza seu relacionamento com a Argentina e seus consumidores. A companhia, porém, não quis comentar se suas operações chegaram a ser interrompidas.

A P&G opera na Argentina desde 1991 e atualmente possui três fábricas e dois centros de distribuição no país. Em 2006, a companhia com sede nos EUA cedeu a pressões do governo argentino para congelar o preço de 31 produtos, entre xampus, sabonetes e cremes por, pelo menos, um ano, como parte dos esforços para combater a inflação.

A companhia, que não destrincha seus rendimentos por país e sim por região, informou em seu relatório anual que a América Latina contribuiu com 10% de todo seu faturamento, que somou 83,1 bilhões de dólares ano passado.

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(Com agência Reuters)

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