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Após PIB de 2,7% em 2011, Mantega reafirma meta de 4,5% para este ano

Para o ministro da Fazenda, a atividade econômica vai acelerar, sobretudo em função da elevação da taxa de investimento e do consumo das famílias

Por Luciana Marques e Benedito Sverberi
7 mar 2012, 11h34

Mantega admitiu que 2011 foi um ano difícil para o país em função de um repique da crise financeira internacional

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, manteve nesta quarta-feira a meta de crescimento do governo para 2012 em 4,5% – mesmo após o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ter fechado 2011 com alta de apenas 2,7% e ante os sinais de que a atividade segue fraca, como ficou claro com pela queda de 2,1% da produção industrial em janeiro. As declarações foram feitas durante o balanço do primeiro ano da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A estimativa do Planalto segue bem acima das projeções do mercado. De acordo com o boletim Focus, compilado pelo Banco Central, os economistas esperam uma alta de somente 3,3% do PIB para este ano.

Mantega admitiu que 2011 foi um ano difícil para o país em função de um repique da crise financeira internacional iniciada em 2008 e do fato de que a economia global permanece com muitos problemas. “Apesar de trabalharmos em um cenário adverso, o Brasil conseguiu ter um bom resultado econômico no ano passado. Mantivemos a trajetória de crescimento. Esse PIB foi satisfatório e proporcionou outros resultados econômicos importantes”, afirmou. O ministro apontou que um resultado importante foi a geração de emprego e que o mercado consumidor brasileiro continua a crescer fortemente e estimulando a economia. “A economia está funcionando com pleno emprego”, disse.

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Investimento – Para 2012, o ministro da Fazenda destacou que o aumento da taxa de investimento poderá ajudar o Brasil a apresentar uma taxa mais significativa de expansão econômica. “Uma das forças propulsoras do crescimento em 2012 será o aumento do investimento público e privado. Temos a meta para 2014 de que o investimento atinja 24% do PIB. Neste ano, o crescimento do investimento deve ser de 11%”, declarou. A avaliação de Mantega é que esses valores devem aumentar gradativamente em 2013 e no ano seguinte. Ele lembrou o fato de que somente a Petrobras investirá 83 bilhões de reais em 2012.

Outro fator apontado por Mantega para sustentar sua avaliação otimista da economia é o vigor do crédito, que continuará a prover impulso ao consumo. “(O crédito) deve crescer em torno de 17% em 2012 e os bancos públicos estão sendo convocados para ter um papel mais atuante, com aumento das concessões e redução da taxa de juros”, apontou. Ele estimou que apenas o BNDES deve liberar mais de 140 bilhões de reais neste ano.

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Desafios – O titular da pasta da Fazenda também destacou que há desafios no caminho do governo para que sua projeção de PIB de 4,5% se concretize. Uma delas é a apreciação do real ante o dólar, que contribui para retirar competitividade das exportações do país e estimular a enxurrada dos importados. Na avaliação dele, este cenário é fruto da guerra cambial existente no mundo. “É uma guerra difícil porque são países de grande porte que fazem politicas monetárias expansionistas e diminuem valores de suas moedas. Há um impacto grande na economia internacional”, lamentou.

Mantega voltou a afirmar que o Planalto fará o possível para conter os fluxos financeiros e tentar reverter o ritmo de desvalorização da moeda americana. “Quanto mais desvalorizado for o real, melhor será para dar competitividade à indústria manufatureira brasileira. Vamos continuar com ações de modo a impedir a desvalorização do câmbio. O chamado ‘tsunami’ monetário pode acabar atingindo o Brasil”, alertou. “O governo está preparado contra o excesso de liquidez que causa bolhas financeiras e situações indesejadas. Não permitiremos que haja especulação do real no mercado futuro”, garantiu.

Inflação – Em consonância com o mercado, a avaliação do ministério da Fazenda é que a inflação desacelera. “A inflação está convergindo para o centro da meta neste e nos próximos anos”, destacou. Mantega explicou que, num cenário de inflação mais controlada, o governo federal pode centrar todo o seu esforço para contribuir no estímulo à economia.

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