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Fóssil revela que plantas se reproduzem da mesma forma há mais de 100 milhões de anos

Descoberta foi feita a partir de flores preservadas em âmbar durante o processo de formação de sementes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h15 - Publicado em 6 jan 2014, 17h16

Cientistas encontraram a mais antiga evidência de reprodução sexuada de plantas com flores: um conjunto com dezoito pequenas flores do período Cretáceo (compreendido entre 145 milhões e 65 milhões de anos atrás, aproximadamente), preservadas em um pedaço de âmbar de 100 milhões de anos. Uma dessas flores, de uma espécie hoje extinta, foi imortalizada no meio do processo de geração de sementes. Segundo os pesquisadores, a reprodução parece ser idêntica a das angiospermas atuais (as plantas cujas sementes são protegidas por frutos). A descoberta foi descrita em um artigo publicado no periódico Journal of the Botanical Institute of Texas.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Micropetasos, A New Genus Of Angiosperms From Mid-Cretaceous Burmese Amber

Onde foi divulgada: periódico Journal of the Botanical Institute of Texas

Quem fez: George O. Poinar, Kenton L. Chambers e Joerg Wunderlichen

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Instituição: Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, e outras

Resultado: Os pesquisadores descobriram um fóssil em âmbar contendo flores do período Cretáceo, que mostram que a reprodução dessas plantas ocorre da mesma forma há mais de 100 milhões de anos.

Como diversas plantas e insetos já encontrados em âmbar, um tipo de resina endurecida e resistente ao tempo e à água, as flores estão bem conservadas. Imagens microscópicas mostraram tubos saindo de dois grãos de pólen e penetrando o estigma da flor, a parte receptora do sistema reprodutivo feminino. Esse processo iniciaria a formação das sementes.

“Em flores do período Cretáceo nós nunca tínhamos visto um fóssil que mostrasse um tubo polínico realmente entrando no estigma. Essa é a beleza de fósseis de âmbar: eles são preservados tão rapidamente após entrar na resina, que estruturas como grãos de pólen podem ser detectadas com um microscópio”, afirma George Poinar, professor da Universidade do Estado do Oregon, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo.

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Segundo o pesquisador, o pólen desta flor parece ser pegajoso, o que sugere que ele era carregado por insetos durante a polinização. “Novas associações entre essas pequenas plantas com flores e vários tipos de insetos e outros animais resultaram em uma bem sucedida distribuição e evolução dessas plantas pela maior parte do mundo. É interessante notar que o mecanismo de reprodução que existe atualmente já tinha se estabelecido 100 milhões de anos atrás”, disse Poinar.

O fóssil foi descoberto em minas de âmbar no Vale de Hukawng, em Mianmar, na Ásia. A planta recebeu o nome científico de Micropetasos burmensis.

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