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Em 20 anos, demanda vai exceder oferta de água em 40%

Alerta foi dado em encontro no Canadá. Mudanças climáticas e crescimento da população são os fatores de pressão

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h09 - Publicado em 1 mar 2011, 13h21

“Precisamos nos mobilizar para enfrentar o que poderia ser facilmente o maior desafio a curto prazo da humanidade” – Margaret Catley-Carlson, diretora da agência de água do Canadá

A demanda de água irá exceder em 40% o suprimento de água em 20 anos por causa das mudanças climáticas e o crescimento da população – atualmente, metade da água disponível é utilizada. Essa é a conclusão à qual cientistas chegaram em uma reunião internacional no Canadá, antecipando o encontro do Dia Mundial da Água, dia 22 de março, nos Estados Unidos. Em duas décadas, alertam os especialistas, um terço da humanidade só terá metade da quantidade de água necessária às necessidades básicas – hoje, 20% da população não têm acesso à água limpa.

Para suprir a demanda por água daqui 20 anos seria necessário investir cerca de 335 bilhões de reais por ano. De acordo com a economista Margaret Catley-Carlson, diretora da agência de água do Canadá, esse valor poderia ser reduzido para patamares entre 85 e 100 bilhões de reais aumentando o fornecimento e diminuindo a demanda. “Precisamos nos mobilizar para enfrentar o que pode ser facilmente o maior desafio a curto prazo da humanidade”, disse Margaret em entrevista ao jornal inglês Daily Mail.

Os especialistas também destacaram a utilização da chamada “água virtual”, usada no agronegócio e nas indústrias. É o volume de água embutido no processo de produção. Por exemplo: a fabricação de um computador requer 1.500 litros de água; um par de calças jeans, 6.000 litros; o quilo do trigo, 1.000 litros; e o quilo de carne bovina, de 15.000 a 30.000 litros. “A maioria das pessoas não percebe quanta água foi gasta em tudo que compramos, de camisetas ao vinho”, alertaram os pesquisadores.

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Nicholas Ashbolt, da agência de proteção ao meio ambiente americana (EPA, na sigla em inglês), disse que as medidas de conservação da água poderiam reduzir “facilmente” a demanda residencial de água em até 70%. Um exemplo de seriam sanitários que recolhem a água separadamente. A água não utilizada pode ser reaproveitada na agricultura, e os dejetos, transformados em compostos orgânicos para produção de adubo. “Essas técnicas podem ser usadas de forma segura mesmo em regiões de alta densidade demográfica”, afirmou Ashbolt. Além dos sanitários, seria possível construir estradas e calçadas que coletam e absorvem a água da chuva.

O encontro também discutiu como as mudanças climáticas aumentam o risco de enchentes catastróficas em partes vulneráveis do mundo. Esses eventos, que normalmente acontecem uma vez a cada século – como os que atingiram o Paquistão e a Austrália – poderão acontecer com frequência cada vez maior – a cada 20 anos -, segundo alerta dos pesquisadores.

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